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Ator do espetáculo “Exagerado – Tributo a Cazuza” fala ao Dois Terços; confira

Genilson Coutinho,
04/07/2017 | 22h07

Neste domingo (09) o público baiano terá uma noite de emoção embalada pelas canções imortais de Cazuza. Estreia pela primeira vez em Salvador “Exagerado – Tributo a Cazuza” às 19h na sala principal do Teatro Castro Alves. Estrelado por Valério que incorporou o sobrenome Cazuza ao seu nome, o show tem no repertório as canções mais importantes e que marcaram toda uma geração dos anos 80 e 90 aos dias atuais. A semelhança vocal e física já levou o cover a participar de vários programas de TV como Ana Maria Braga, Faustão e Encontro com Fátima, na Rede Globo, e Máquina da Fama, do SBT. O intérprete que há 12 anos vive na pele a biografia de Cazuza conversou com o Dois Terços e provou que a atualidade da poesia do carioca nascido Agenor Miranda de Araujo Neto se mantém viva.

Dois Terços: Quanto do poeta e do inquieto Cazuza há no Valério?

Valério Cazuza: Comportamento, ele, como eu, gostamos de gente, independente de classe social, religião, faixa etária… Também o gosto pela boêmia, a vida noturna, pelo jeito “menino” de lidar com as pessoas. Quanto nas idéias, por ser filho de poeta (César de Araújo), tive afinidades por sua linguagem poética, forte.

Dois Terços: O público LGBT de Salvador está ansioso por esse show. O que terá de especial nesta noite?

Valério Cazuza: Mensagens poéticas, de um artista que desafiou preconceitos, mostrando sua cara, que foi intenso e não teve medo de nada. Cazuza foi o nó na garganta, uma alma inquieta e de uma complexidade que suas letras nos tocam profundamente.

Dois Terços: Quando Cazuza morreu você tinha treze anos. Quais são as memórias que você tem deste fatídico dia?

Valério Cazuza: Chegava da escola quando vi a notícia pelo telejornal. Tive uma sensação de impotência perante a nova doença que adentrava no Brasil. A morte dele pela AIDS, mostrava ao Brasil, que não adiantava fama, dinheiro, que estávamos à mercê.

Dois Terços: Em dez anos de carreira Cazuza deixou marcas profundas na cultura musical do país. E ainda hoje é lembrado. A que você atribui o interesse na vida e obra dele?

Valério Cazuza: Justamente por suas músicas e ideias serem atuais, quando ele fala nas relações de amor e quando denuncia a hipocrisia de nossa sociedade.

Dois Terços: Manda um recado para os inúmeros fãs do Cazuza em Salvador…

Valério Cazuza: Ao assistirem o espetáculo, com a certeza, vão se emocionar demais. Um filme que passará por nossas mentes. E eu quero contar com o público baiano para essa troca. Estou indo para Salvador como um mensageiro de grande poeta. Quem tem um sonho não dança!

Serviço
O que: Exagerado – Tributo a Cazuza
Quando: Dia 09 de julho às 19h
Onde: Sala Principal do Teatro Castro Alves
Ingressos: A a W – R$100 (inteira) e R$50 (meia) e de X a Z11 – R$80 (inteira) e R$40 (meia)
Ingressos à venda nas bilheterias do TCA, SAC do shopping Barra e Bela Vista e site e aplicativo ingressorapido.com.br