Ativistas LGBT já estão preparando manifestações contra a homofobia durante os jogos da Copa do Mundo

Genilson Coutinho,
24/02/2014 | 15h02

Ativistas LGBT já estão preparando manifestações contra a homofobia e em pró à diversidade sexual durante os jogos da Copa do Mundo. Quem sai na frente nestes protestos são os curitibanos, que têm atos marcados para os dias 16 e 26 de junho na capital do Paraná.

“Curitiba está recebendo as federações de países extremamente homofóbicos como Nigéria, Argélia, Irã e Rússia, então estamos organizando protestos nos dias de jogos destes times nos solidarizando com os LGBT destes países”, diz Toni Reis, do Grupo Dignidade. Na Argélia a homossexualidade é crime pela Constituição do país; na Rússia, existe uma lei anti-gay que proíbe qualquer tipo de manifestação da comunidade LGBT; no Irã e em parte da Nigéria, além da homossexualidade ser crime, a punição é a morte.

“Queremos fazer uma manifestação civilizada e muito bem organizada, por isso a militância está se organizando meses antes para podermos nos articular da melhor maneira possível”, diz Toni, informando ainda que “já temos reuniões marcadas a cada 15 dias até os dias dos jogos”.

Foi criada uma Comissão Executiva dos Atos formada pelo Sindicato dos Psicólogos do Paraná, a União da Juventude Socialista, Dom da Terra, Grupo Dignidade e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). “É importante reforçar a ideia de que durante a Copa e as eleições presidenciais a rua será um espaço público que caberá todo e qualquer tipo de protesto e reivindicação pública, desde que ela seja pacifica e civilizada”, opina Toni.

Nos dias 16 e 26 os atos serão realizados na Boca Maldita, tribuna livre no centro de Curitiba. Outros atos incluem manifestações no Aeroporto Afonso Pena durante a chegada das seleções do Irã, Nigéria, Argélia e Rússia, além de apitaços e beijaços onde ficarão hospedadas as federações.