Associação pede que ministério apure suposto caso de homofobia no Exército

Genilson Coutinho,
23/01/2012 | 08h01

A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) enviou nesta sexta-feira (20) um ofício para o ministro da Defesa, Celso Amorim, exigindo a apuração de suposta discriminação no Exército. O documento foi enviado depois da veiculação, pelo SBT, de entrevista com o sargento Laci Marinho, que assumiu um relacionamento homossexual e chegou a ser preso. Na reportagem, veiculada na última quarta-feira (18), ele afirma ter sido torturado por militares.

Segundo a ABGLT, o Ministério da Defesa, em junho de 2011, assumiu o compromisso de suprimir a referência a “pederastia” e “homossexualidade” do código Penal Militar para que as infrações previstas sejam aplicáveis a qualquer militar, independente da orientação sexual e/ou identidade de gênero.

O ministério, de acordo com a ABGLT, também se comprometeu a repelir os casos de discriminação nas Forças Armadas. “A dúvida que fica é se essas responsabilidades não se perderam com a mudança da gestão do Ministério”, diz Toni Reis, presidente da associação, acrescentando que espera um posicionamento do governo sobre a denúncia.

O Ministério da Defesa garantiu, por meio da assessoria de imprensa, estar atento à questão.