As dificuldades e preconceitos dos anos 60 são temas do filme “A Memória que me Contam”, de Lúcia Murat

Genilson Coutinho,
20/04/2013 | 00h04

O longa só chega aos chega aos cinemas em julho deste ano.


O filme “A Memória que me Contam”, de Lúcia Murat, leva às telas dos cinemas um quebra cabeça de discussões sociais dentro de um drama irônico sobre utopias derrotadas, terrorismo e comportamento sexual. A trama retrata um grupo de amigos que resistiu à ditadura militar.

A diretora acredita ser importante tratar da homossexualidade no filme, já que os anos 1960 e 1970 “abriram o caminho para a luta das minorias, das mulheres e dos homossexuais. Mas os desafios foram muitos e as dificuldades enfrentadas pelo homossexuais da minha geração, dificultaram para muitos o estabelecimento de uniões estáveis, levando-os a vidas afetivas dispersas, sem coragem de assumir uma relação diante da sociedade”. Lúcia também diz que acha chocante “perceber que ainda hoje existe um preconceito velado entre algumas pessoas que viveram essa época”.
Os personagens gays do filme são Eduardo (Miguel Thiré). Ele tem 26 anos e é artista plástico. Mantém há quase dois anos uma relação amorosa com Gabriel (Patrick Sampaio). O Miguel Thiré fala sobre seu papel: “já tinha brincado de fazer um gay. Uma coisa é você brincar de ser afeminado, outra coisa é você desenvolver um carinho, um tesão por outro homem, se não seria uma mentirada enorme”.

Confira teaser com os atores e a diretora.