Alexia Twister, cover de Lady Gaga, fala com exclusividade ao site Dois Terços

Fábio Rocha,
15/11/2013 | 20h11

Conhecida como cover da cantora Lady Gaga, Alexia Twister, revela em entrevista ao site Dois Terços que seu talento não se restringi a essa interpretação.

Elogiada recentemente pela própria cantora americana em seu twitter, após performance da música “Applause”, vídeo que já possui aproximadamente 200 mil visualizações no Youtube, Alexia se apresenta pela primeira vez em Salvador neste sábado (16), na festa  ‘Art Kiki Pop’, na The Hall Eventos.

Além de Gaga, o talento de Alexia também já foi reconhecido por Kylie Minogue e Guy Oseary, empresário da cantora Madonna.

Atualmente Alexia compõe o elenco da tradicional boate Blue Space, e apresenta-se por todo o país em casas como a famosa boate Victoria Haus, de Brasília (DF) e em festas badaladas como a Let’s Club.

Confira a entrevista!

Dois Terços – Qual a expectativa para a sua estreia em Salvador?
Alexia Twister – Na verdade, eu já tive a oportunidade de estar em Salvador. Inclusive guardo bons momentos da minha estada. Mas sinto como estréia, por causa da responsabilidade de encarar uma grande produção, preparada para a Festa Art Kiki Pop. De modo que a minha expectativa é a melhor possível.

DT – Você é uma das estrelas de duas importantes casas do cenário GLS; a Blue Space, em São Paulo e a Victoria Haus, em Brasília (DF). Existe alguma preparação diferente entre elas?

AT – Sim. Tenho muita sorte em fazer parte do casting  da Blue Space e da Victória Haus. Em cada equipe o processo de criação é diferente. A direção artística da Blue, é mais autoral. O que acontece também na Vic, mas em geral, fazemos mais covers.  

DT – Como você consegue administrar seu tempo com trabalhos em estados diferentes?
AT – Não é tão complicado. Tenho ensaios diários e muitas vezes de números diferentes, para as apresentações futuras. Eu terminei uma temporada de 2 meses, com a peça Lola A Pioneira, um monologo e foi um aprendizado incrível. Faço aulas e também tem o tempo para estar com a família e os amigos. Eu não tenho do que reclamar, eu amo meu trabalho, poucas pessoas tem esta sorte.

DT – Como surgiu a ideia de interpretar a cantora Lady Gaga?
AT – A ideia de performar Lady Gaga, já era cultivada a muito tempo, pela minha admiração ao trabalho desta grande artista. Mas o convite veio de Thales Sabino, um dos proprietários a Victória Haus. Na primeira edição da festa Let’s Club, que ainda acontecia na extinta Blue Space Brasília. E graças a Deus deu certo. Daí pra frente comecei a estudar Lady Gaga.

DT – Você já é conhecida como a cover de Lady Gaga. Como foi receber um elogio de um artista que você tanto admira?
AT – Eu sou conhecida por fazer vários covers, e já tive meus trabalhos em parceria com a festa Let’s Club e Cia Tribo de Dança, retweetados pela Kylie Minogue, Guy Oseary. Mas o elogio da Gaga nos comoveu muito. Fazer cover é um trabalho muito difícil. Não é como ser sósia do artista, você se parece e pronto. O trabalho de cover é minucioso, estudamos os movimentos, trejeitos. E artistas como Gaga são únicas, o que dificulta na hora de convencer ao público. Quando um fã me parabeniza, é maravilhoso. Sinto como dever cumprido. Mas, ser elogiada pelo próprio artista homenageado, é o maior de todos os aplausos. 

DT – Os atores transformistas de Salvador reclamam muito dos baixos cachês e da falta de valorização do trabalho, pelos empresários. Você também sente essa insatisfação dos seus colegas de trabalho em São Paulo?
AT – Sim, com toda a certeza. Em todo o país é igual. “O show”, tem perdido público para as drogas. Por isso é natural que o investimento nos espetáculos diminui. E  como, infelizmente a classe artística não é organizada, o seguimento de shows em algumas boates tem sido dispensado. O que é uma pena. A sorte é que temos casas que reinventam o show, e tenho fé que a cultura de shows se renove e nunca morra.

DT – Casamento Gay. Adoção por casais do mesmo sexo. Criminalização da homofobia. Como você tem visto essas lutas da comunidade LGBT?

AT – Eu costumo dizer o que todo mundo já sabe, tivemos muitos avanços nos últimos anos, muitas vitórias e com elas muita responsabilidade. E vejo que a nova geração, não sabe o que fazer com a liberdade que receberam graças as batalhas anteriores. Antes de falarmos de casamento, adoção e até mesmo sobre homofobia. Precisamos educar as pessoas, de forma que elas saibam, o que fazer com a sua liberdade de expressão. É claro que Homofobia é crime, e tem que ser tratada como tal. E acredito que a informação, a educação, digo em âmbito geral, gays e héteros, poderia evitar o preconceito e fazer entender a importância de um passo como o casamento ou a adoção.