Abertura Oficial do Observatório da Discriminação Racial do Carnaval 2013 acontece na próxima quinta-feira (07)

Genilson Coutinho,
06/02/2013 | 09h02

Acontece na próxima quinta-feira (07), às 18 horas, no Posto de Atendimento da Ladeira de São Bento, a abertura oficial da oitava edição do Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT (Lésbicas, Gays, Bisexuais, Travestis e Transexuais) do Carnaval 2013. Iniciativa promovida pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), que traz este ano o slogan “Século XXI: Respeito à diversidade e à dignidade humana”. O tema vem com a proposta de provocar a reflexão da importância de se estabelecer uma vida social mais harmônica e preservadora das individualidades que propiciam o desenvolvimento da sociedade.

No século da reparação, como foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) que também aprovou resolução contra o racismo e a discriminação, propondo no mesmo documento que entre 2013 e 2022 seja instituída a década do afrodescendente, discriminar ou praticar outros atos de violência gratuita a uma pessoa, por motivação racial, territorial, sexista ou quaisquer outras, é algo inaceitável e o Poder Público não pode tolerar ou ser complacente, sob pena de conivência.

 

No relatório apresentado no Carnaval do ano de 2012, foi realizada uma análise específica do foco discriminação racial, onde as agressões e as pessoas em vulnerabilidade social foram apontadas com índices mais altos nos registros. O relatório apresenta um total de 350 ocorrências/denúncias, e acusou expressivas denúncias para os casos de racismo com 204 registros, seguido pelas denúncias de agressão à mulher com 91 e LGBT com 55 ocorrências.

O documento apresenta ainda uma avaliação por circuito e diagnosticou que o tradicional Osmar apresentou maior número de registros. No carnaval 2011 de Salvador foram registradas no circuito Dodô (Barra/ Ondina) 112 ocorrências e no circuito Osmar (Campo Grande) 238.

O Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT é uma iniciativa da Prefeitura de Salvador, realizada pela Secretaria Municipal da Reparação (Semur) durante a considerada maior festa de rua do Planeta, com a finalidade de identificar  atos de discriminação e violência racial, de gênero e homofóbica que ocorrerem no circuito da folia momesca. Os casos registrados servem de subsídios para a formulação e implantação de políticas públicas, voltadas para a prevenção de discriminações e desigualdades, motivadas por raça, gênero e orientação sexual.

Parceiros: Parceiros: UNICEF, UNFPA, Sintepav, Polícia Militar, Grpo Aldeia, Dois Terços, Faculdade Social, Dom Pedro II, Prohomo, Cepaia,PNUD, Salvador Card, Ministério Público, Conselho Municipal das Comunidade Negra (CMCN), Força Sindical, Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (DEAM), Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Defensoria Pública, Sindiseps, Associação Protetora dos Desvalidos, Fórum Baiano LGBT, LesbiBahia.