“A Melhor Idade”, de Adriano Big, foi a grande estrela do XV Festival Nacional 5 Minutos

Genilson Coutinho,
22/10/2012 | 01h10


Foram seis dias de festival com a exibição de curtas vindos de várias regiões do Brasil e participação massiva do público em todos os dias do evento. Em sua décima-quinta edição, o Festival Nacional 5 Minutos encerrou com chave de ouro mais um ano, premiando alguns talentosos produtores do audiovisual em uma festa cheia de glamour. Realizado pela Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura da Bahia (SecultBA), o 5 Minutos contou esse ano com a presença de palestrantes nacionais e internacionais, e mostrou mais uma vez a força das obras de curta duração.
O grande momento da noite foi anunciado pelos apresentadores com muita emoção. Em primeiro lugar, com o Prêmio Walter da Silveira no valor de R$ 10 mil reais, ficou o curta “A Melhor Idade”, de Adriano Big, que também levou o Prêmio Luiz Orlando (Júri Popular) no valor de R$ 4 mil reais. O curta também foi contemplado com o Troféu ABCV/ABD- Bahia, escolhido pela comissão julgadora da entidade como melhor filme baiano. “Eu estou no céu. Fizemos um filme em grupo, que teve um orçamento bem apertado, e agora finalmente vamos poder receber pelo trabalho, ter visibilidade. O 5 Minutos atinge uma fatia do curta que tem uma pegada mais urgente e é ótimo ter espaço para esses vídeos”, afirmou o campeão do Festival.
Em segundo lugar, com o Prêmio Roberto Pires, no valor de R$ 8 mil reais, ficou o curta “Dançando Mas Tô Andando”, de Marcondes Dourado, que também levou o Prêmio Orlando Senna de melhor documentário baiano, concedido pela ABCV. “Foi um grande prazer, estou muito contente com o resultado. Para um diretor é um desafio conseguir se expressar em 5 minutos. Eu participo desse festival desde a segunda edição, e valorizo muito esse modelo de festival que tem uma abertura para produções mais espontâneas, amadoras, mas com o frescor de uma produção mais direta, imediata, com diversas linguagens”, concluiu.
O terceiro lugar, com o Prêmio Roberto Pires no valor de R$ 6 mil reais, foi para “Como num passe de Claves”, de Emerson Dias. Além dos três primeiros lugares, a noite ainda consagrou com o Prêmio Vito Diniz no valor de R$ 2 mil reais a obra “Auge do Alôpro”, do pernambucano Braz Marinho. “Isso aqui é muito importante para nós realizadores, e ano que vem quero estar aqui novamente recebendo outros prêmios”, disse Braz.
A comissão oficial de premiação do festival concedeu ainda quatro menções honrosas para os curtas “100 Sonho”, de Amanda Gracioli (BA), “Milonguita de dos”, de Julieta Zarza e Carlos Lascano (DF), “Cadet Blues”, de Nelson Magalhães Filho (BA) e “Festa no Apartamento de Suzana”, de Christopher Faust (PR). A ABCV também concedeu menções honrosas as obras “Autômatos”, de Péricles Mendes (BA), e “Pequeno”, de Ernesto Molinero (BA). Presente a cerimônia de encerramento, o Secretário de Cultura da Bahia, Albino Rubim, celebrou a grande presença do público ao longo da semana. “Esse ano fizemos questão de fazer um festival bem consolidado, com júri extremamente qualificado e programação diversa. Eu tenho certeza que o festival foi muito interessante, e é muito bom que um evento como esse tenha chegado a sua décima-quinta edição com tanto sucesso”, concluiu.
Para Sofia Federico, diretora da DIMAS/FUNCEB, o festival completou quinze edições com chave de ouro. “O 5 Minutos chegou a sua maturidade em 2012, com programação ampliada e com forte presença no interior. Trouxemos palestrantes internacionais e os realizadores das obras em competição, que são as grandes estrelas e a razão de existir do evento. Estou super feliz e extremamente agradecida aos colaboradores, parceiros e a toda a equipe envolvida”.