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Vítimas de pintor que escondia ossos eram homossexuais, segundo polícia

Genilson Coutinho,
29/09/2015 | 11h09

Beco onde fica a casa do pintor suspeito pelas mortes (Foto: Will Soares/G1)

O pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, de 41 anos, preso na sexta-feira (25) suspeito da morte de um jovem de 21 anos já cumpriu pena por dois homicídios, segundo a polícia civil. Na casa dele, no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, além do corpo de Carlos Neto Alves Júnior, a polícia encontrou o cadáver ou restos mortais de pelo menos outras três pessoas que ainda não foram identificadas.

O acusado está preso temporariamente no 77º Distrito Policial, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Segundo policiais que fizeram a sua prisão, o pintor confessou ter matado Carlos Júnior, também conhecido por Mudinho, mas não havia se pronunciado sobre as outras vítimas. Ele apenas afirmou que um dos crânios humano encontrado em sua casa foi pego em um cemitério.

Carlos, a única das vítimas já identificada, era homossexual e estava aposentado por conta de uma surdez de nascença. De acordo com o delegado Édilzo Correia de Lima, a polícia trabalha com a hipótese de que uma moradora da região, também homossexual e que já está desaparecida há meses, seja uma das outras pessoas encontradas na residência.

O delegado ressaltou, no entanto, que tanto Júnior quanto a mulher desaparecida eram usuários de drogas. Para ele, o fato de ambos serem homossexuais pode mascarar a real motivação do crime, que ainda não foi esclarecida. Correia de Lima disse que ainda é prematuro afirmar de que se trata de um assassino em série.