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Vítimas de homofobia, jornalista e amiga são espancados em São Paulo

Genilson Coutinho,
02/10/2014 | 18h10

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O DJ e jornalista G.S. – de 24, anos, que prefere não ser identificado – foi agredido ao lado de uma amiga nessa quarta-feira (1) na esquina da rua Peixoto Gomide com a rua Augusta, região central de São Paulo.
Ele afirma que foi abordado e cercado por quatro homens, quando ele caminhava pela rua com outros três amigos.

“A abordagem foi violenta desde quando eles se aproximaram. Perguntaram o que estávamos fazendo ali, um pegou o copo da minha mão e me deu um soco”, conta o jovem de 24 anos, que ficou desacordado por alguns minutos e que foi salvo por um casal que estava passando pela rua.

Um vídeo que circula pela internet mostra o momento da agressão e também o momento em que a amiga T.C.L., de 24 anos, é agredida com socos e chutes. Os agressores só foram embora quando um grupo de meninas os cercou e quando frequentadores do bar ao redor decidiram intervir na briga.

Os frequentadores do bar alegam que o grupo estava xingando qualquer homem gay ou mulher que passava pela rua. “As testemunhas deixaram claro que foi homofobia. Minha amiga tem a voz grave e, por isso, enquanto batiam nela, os agressores perguntavam se ela era mesmo mulher. Acharam que era uma travesti e, enquanto fugiam, pude ouvir os gritos de viadinho”.
T.C.L teve ferimentos na cabeça e ficou com marcas de agressão no corpo.

G. e a amiga não fizeram boletim de ocorrência porque se negou a registrar o caso como briga de rua. “Ficamos com receio de julgarem o meu comportamento e não o dos agressores. Por isso vamos enviar o vídeo para advogados de movimentos LGBT que nos ajudarão a registrar o crime como homofobia”.

Da Acapa