Comportamento

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Vice-presidente do Conselho Estadual LGBT sofre ataque transfóbico em casa de show em Salvador

Redação,
27/08/2017 | 16h08

A noite do último sabado (26), foi de muito constrangimento para Ariane Senna, mulher trans, militante, psicóloga e vice-presidente do Conselho Estadual LGBT, que sofreu transfobia na casa de show Ópera, na Pituba.

(Foto: Arquivo pessoal)

(Foto: Arquivo pessoal)

Em conversa com o Dois Terços, Ariane relatou que foi à casa de show com dois casais de amigos e que durante a festa foi abordada por um segurança da casa, que solicitou que o acompanhasse. “Estava na pista quando fui convidada para acompanhar o segurança e chamei meus amigos. O segurança disse que eu deveria sair, pois se não saísse poderia ser pior. Então questionei o por que e apareceu o dono da casa dizendo que eu havia tombado com ele na pista e deveria sair. E ele continuou, como consta no vídeo, dizendo que ali era um ambiente de família, mas acredito que esse comportamento dele veio depois de ter beijado um rapaz na pista”, conta ela.

Ainda de acordo com Ariane, ela e os amigos disseram ao dono que se a mesma não ficasse na festa, que todos iriam embora e ele teria que devolver o dinheiro. Após essa conversa o proprietário da casa disse que todos poderiam entrar mas teriam que apagar o vídeo. Neste momento ela mandou o vídeo para os amigos para se previnir.

“Quando o segurança me chamou já achei estranho e chamei os amigos e gravei, pois precisamos ter prova deste ataque transfóbico. Temos que provar e denunciar. Se eu não tivesse gravado quem diria que seria verdade e como denunciaria? Ser trans é isso, é viver lutando nessa sociedade que não dá espaço para gente”, declara Senna.

Até o fechamento desta matéria o Dois Terços não teve retorno da casa.