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Vereador repudia ataques homofóbicos de secretário de ACM Neto contra jornalista

Genilson Coutinho,
01/07/2019 | 16h07

Os ataques homofóbicos contra o jornalista de política do site BNews, Henrique Brinco, proferidos pelo secretário municipal de Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel), Alberto Pimentel (PSL), foram repudiados pelo vereador e vice-líder da oposição na Câmara de Vereadores de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT). Aliado do governo do presidente Jair Bolsonaro na Bahia e defensor do prefeito ACM Neto (DEM), Pimentel se envolveu em uma polêmica com membros do Movimento Brasil Livre (MBL). “Não podemos admitir um absurdo desse. Homofobia é crime no país, crime de racismo, está determinado pelo Supremo Tribunal Federal [STF], e isso não pode acontecer em um ambiente democrático”, salienta Suíca nesta segunda-feira (1).

Jornalista do BNews sofre ataque homofóbico de secretário da Prefeitura de Salvador

 Segundo o edil petista, Pimentel ficou irritado com uma reportagem que Brinco escreveu para o site que atua onde o assunto era uma denúncia do MBL da Bahia sobre uma possível estratégia de ACM Neto para impedir a manifestação realizada no último domingo (30) a favor da Lava Jato e do atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. Também no domingo, o Sindicato dos Jornalistas da Bahia Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba), emitiu uma nota de apoio aos jornalistas do site BNews, que além de Henrique, também foram atacados pelo secretário municipal. “Temos que cobrar uma postura mais democrática dos titulares da prefeitura, principalmente para dar exemplos”, frisa o vereador do PT.

 Suíca defende a atuação livre da imprensa e lamenta que casos como o de Henrique Brinco estejam acontecendo em todo o país. Ele lembra que todos que tratam assunto importantes para a sociedade tenham sido atacados. “Defendo a liberdade de imprensa. Mesmo não gostando de alguns assuntos, porque acredito que a imprensa é justamente para tratar de temas que são desconhecidos pelo povo, para expor a realidade. No Brasil, parece que depois que Bolsonaro assumiu a presidência, muita gente tem saído do armário e vestido suas roupas de fascistas, misóginos e homofóbicos. Isso é um perigo para a sociedade”