Vamos falar de intolerância religiosa?
O Brasil é um país laico, o que que garante constitucionalmente a todo cidadão o livre direito de manifestar suas crenças e cultos. Mas, em 2019, foram 49 os casos de intolerância religiosa contra o povo de Santo, de matriz africana.
Para discutir a temática, o Unzó Maiala – terreiro de candomblé angola localizado no bairro Fazenda Garcia, comandado pela Mameto de Nkisi Tandü (Laura Borges)– realiza no próximo dia 21 de janeiro, a partir das 10h, na Casa d’Itália, a mesa de diálogo “Quais caminhos precisamos traçar para combater a Intolerância?”.
Vale lembrar que, o evento respeita todos os protocolos de saúde para enfrentamento à Covid-19, o uso de máscara é obrigatório. Com a participação da yalorixá, negra, mulher Trans e pedagoga Tiffany Odara, da ativista pelos direitos humanos e contra o racismo, católica e assessora de Koinonia, Camila Chagas (Advogada), da escritora, poeta e mulher preta de Axé Maiara Silva, do assistente social e presidente da Mesa de Ogãs, Junior Afikodé (Alafin Oyó), a assistente social Rosa Bonfim e do multiartista, pesquisador e descendente indígena Caboclo de Cobre/Luiz Guimarães, entre outros e outras, a mesa busca alertar acerca do problema da intolerância religiosa, visibilizar à luta pelo respeito a todas as religiões estreitar formas de combater o racismo religioso.
O dia 21 de janeiro é uma data que não pode ser esquecida. Ela marca data de falecimento da Mãe Gilda, do Axé Abassá de Ogum, vítima de diversas agressões, verbais e físicas, provocadas pelo preconceito à sua religião.
“Combater à desinformação é o primeiro caminho nesta luta pelo fim da intolerância religiosa. Por quê não dizer de racismo religioso?. Sabemos que a intolerância a nós de povo de matriz africana é também uma questão de cor de pele. Precisamos somar forcas para romper as barreiras do preconceito e assegurar a todos o livre exercício dos cultos religiosos”, descreve Mameto de Nkisi Tandü.
A conversa será transmitida no Instagram @unzomaiala.
Ação de contra partida do Unzó Maiala com o uso do subsídio pago pelo Mapa Cultural de Salvador da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc com recursos da Secretaria Especial Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.