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‘Uma mulher fantástica’ é primeiro filme estrelado por transexual a levar Oscar

Redação,
05/03/2018 | 15h03
Daniela Vega, protagonista do filme chileno 'Uma mulher fantástica', vencedor do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, chega ao Oscar 2018 (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP)

Daniela Vega, protagonista do filme chileno ‘Uma mulher fantástica’, vencedor do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro, chega ao Oscar 2018 (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP)

“Uma mulher fantástica” foi o primeiro filme estrelado por uma pessoa transexual a levar o Oscar. O filme chileno ganhou o prêmio de melhor longa estrangeiro neste domingo (4), na noite em que ‘A forma da água’ foi o grande vencedor.

A atriz Daniela Vega interpreta Marina, uma jovem de luto e vítima dos preconceitos da conservadora sociedade chilena em “Uma mulher fantástica”, indicado ao Oscar de filme em língua estrangeira. O longa é coprodução Chile, Alemanha, Espanha e Estados Unidos.

Além de cantora, Daniela, de 28 anos também é cantora lírica. A música e o teatro eram seus trabalhos principais antes de ela ser chamada para sua estreia como protagonista no cinema em “Uma mulher fantástica”

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A atriz transgênero Daniela Vega estrela o filme ‘Uma mulher fantástica’, vencedor do Oscar de melhor filme em língua estrangeira (Foto: Divulgação)

“Marina e eu compartilhamos que somos ‘trans’, que gostamos de cantar ópera e dos homens bonitos, nada mais”, disse Vega em uma entrevista à agência AFP. “Ela é muito mais elegante que eu, tem mais paciência, é uma mulher muito mais pacífica, eu sou mais explosiva, mais latina.”

Outros filmes sobre ou com transgêneros venceram:

  • “Traídos pelo desejo” (1992), na categoria roteiro
  • “Meninos não choram” (1998) rendeu a estatueta de melhor atriz a Hilary Swank
  • “Clube de Compras Dallas”, em três categorias, incluindo ator coadjuvante para Jared Leto
  • “A garota dinamarquesa” (2015) rendeu o Oscar de coadjuvante para Alicia Vikander

Mas todas estas produções foram protagonizadas por intérpretes cisgênero (pessoas cuja identidade de gênero e sexo biológico coincidem), e não por trans.

*As informações são do G1.