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Último dia do Flin têm o humor de Tiago Banha, Jhordan Matheus, Luana Xavier e show da Afrocidade

Redação,
08/06/2022 | 11h06
Afrocidade (Foto: Divulgação)

Último dia de atividades do Festival Literário Nacional (Flin), organizado pela Fundação Pedro Calmon, através da Secretaria de Cultura (Secult/Ba), traz os humoristas Thiago Banha e Jhordan Matheus em diálogo com a atriz Luana Xavier. O festival que acontece nos dias 9, 10 e 11 de junho, encerra sua segunda edição com o show da Banda Afrocidade, no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras.

Com o mote “Diversas Leituras e Novos Caminhos”, a segunda edição do Flin retorna a Cajazeiras para refletir quais as transformações sociais e culturais que os novos modos de ler o mundo encaminham às mudanças da atualidade. “Nesta edição trazemos os humoristas para tentar conhecer as sutilezas e os “bastidores” do riso, fazendo uma relação mais humanizada com o nosso tempo”, declara Tom Correia, diretor do executivo do festival.

No sábado, acontece a mesa “A resenha, o riso, o limite”, que traz os humoristas baianos Jhordan Matheus e Tiago Banha, que dialogam com a atriz e apresentadora do Saia Justa, Luana Xavier. Para Tiago, o humor é uma ferramenta de transformação social e é importante estar entre as pautas do Festival. “Muitas vezes o humor não é visto como arte, eu diria que é um dos mais nobres. É através dele que podemos fazer críticas e propostas de modo sutil e direcioná-las para quem não gostaria de recebê-las”, afirma. 

Para o humorista o humor tem se transformado, o que inclui mudar velhos estereótipos e preconceitos como a expressão “humor negro”, associado a uma qualidade inferior. “Atualmente podemos pensar o “Humor Negro” como uma prática feita por pessoas negras, que convida a outros negros a participar e atingir diretamente o que nos oprime”, enfatiza. “A produção de humoristas negros, geralmente, está calcada na técnica, na graça, e no aspecto da denúncia”, avalia Tiago.

Cajacity é meu país e show de Afrocidade

Para Tiago a segunda edição do Festival em Cajazeiras propõe um olhar transformador para essa comunidade. “Sabemos a importância da leitura na construção do sujeito, ter um evento desse porte em um bairro populoso é apontar para uma transformação de impacto”, descreve o humorista.  Com foco nos talentos locais, a programação ainda reserva muito mais encontros ao longo do último dia.

É o que acontece na mesa “Cajacity é meu país”, que reúne o criador do perfil do instagram “Cajazeiras da Depressão”, Wendell Muniz, e Marcela Guedes, vocalista e compositora do “Samba Ohana, com a mediação de Eduardo Luiz, diretor de jornalismo do site “Fala Cajazeiras.  Além das mesas, o sábado tem muitas apresentações teatrais e contações de história para o público infantil e espaço aberto para talentos locais, na “Rótula Cultural”.

A poesia negra, feminina e periférica do Slam das Minas marca presença no sábado, e o grupo Khalid Akil Mob também apresenta o show autoral de trap no palco Tenda, às 11h. Já o encerramento da segunda edição fica com a banda Afrocidade. O grupo traz referências de musicalidades diversas, refletindo a consciência negra e seu estar no mundo.

Confira mais informações no site www.flin.ba.gov.br e no instagram @flinoficial

Serviço 

Festival Literário Nacional – FLIN

Quando: de 9 a 11 de junho

Onde: Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras 

Entrada gratuita