Travestis, transexuais e lésbicas desafiam o preconceito e ganham espaço no pagode baiano
A música baiana é um espaço predominantemente dominado por homens, e no pagode, não seria diferente. Se há poucas mulheres presentes no ritmo, imagine para a comunidade LGBT, em especial as mulheres transsexuais e lésbicas. Mas elas não baixaram a cabeça e seguem ocupando esses espaços, que teve como precursora a artista Léo Kret do Brasil, que iniciou a carreira como dançarina e que se firmou como cantora de grandes hits de sucesso, e está na cena do pagode seguida por outros nomes, à exemplo de Tertuliana, vocalista da banda. A travesti, em menos de um ano de carreira, faz sua estréia no Carnaval de Salvador, no trio da estrela Pablo Vittar, com direito à canção “Murro na costela do Viado”, que já está na boca do povo.
Outro nome forte na cena, e que está dando o nome no pagode local, é a artística Allana Sarah , feminista e lésbica, como ela se define. Aos poucos ela foi chegando, e está marcando presença com sua voz e talento no time dos homens do pagode. Neste Carnaval, ela é uma das estrelas de uma marca de cerveja, levando a sua música como instrumento de militância e voz das mulheres lésbicas .