Travesti Verônica Ribeiro abre o jogo no site Dois Terços

Genilson Coutinho,
19/09/2012 | 14h09


A travesti Verônica Ribeiro virou a queridinha da internet depois da sua aparição no programa Se Liga Bocão, que monta plantão nas delegacias locais para tirar proveito dos cidadãos que estão presos, por terem praticado algum delito ou por envolvimentos em confusão. Porém, com Verônica o caso virou um grande espaço para exibição e closes de veneno como é conhecida na cena LGBT de Salvador .

A pedido dos nossos internautas Verônica nos contou detalhes da confusão e um pouco sobre preconceitos e a quantidade de salários mínimos do seu cabelo. Confira aqui o nosso bate papo com ela!

Dois Terços. Há um preconceito muito grande com as travestis, entretanto, muitos homens casados vão a busca do prazer fora de seus casamentos com esses profissionais. Como você tem visto esse cenário em Salvador ?

Verônica Ribeiro. Esse ano pude notar que a mentalidade e a procura de homes casados ou não tem aumentado bastante em relação a nós, travestis.

DT. O programação do Bocão fez uma tremenda confusão para conquistar o ibope com a sua presença na delegacia, mas, você de forma muito divertida deu um tapa de luva no repórter. O que de fato aconteceu com você?

VR. Eu estava no Porto da Barra e não na av. Sete como foi dito no programa. Aquele homem completamente bêbado já estava me tirando do sério, porque ele estava bêbado e gritando para todo mundo que tinha visto minhas fotos na net, falando inclusive sobre minha dotação que tinha visto nas fotos. Eu achei uma falta de respeito e inclusive, eu estava com Bia Mathieu, por esse motivo acabamos discutindo e como foi no Porto da Barra, próximo ao módulo policial, a polícia veio e o homem começou a dar escândalo, até mesmo com a polícia que queria nos levar no complexo policial que tem na Barra. Entretanto, devido ao comportamento do homem, pedi para o policial que nos levasse onde grava o Bocão, porque queria que a família dele tomasse conhecimento. Mas quando a família dele chegou foi muito menos vergonhoso dizer para família que eu tentei roubá-lo do que dizer que ele tava querendo sair comigo e eu não quis. Porque uma pessoa bêbada daquela forma, só iria me trazer confusão, todavia o programa colocou de uma forma que nem esclareceu o que de fato aconteceu e o homem acabou saindo da delegacia escondido deixando a identidade na mão dos policiais, enquanto eu distribui muito close e muita beleza para toda a Bahia. (risos)

DT. Rica, toda no Cavali e muitos salários mínimos na cabeça. Quem é Verônica Ribeiro. Como nasceu a escolha do nome?

VR. Graças a Deus esse programa não teve nenhuma repercussão negativa sobre mim, pelo contrário, por onde passo o bordão é um só “papy eu tenho vários salários mínimos na minha cabeça”. (risos) Como vocês sabem, sempre fui conhecida como veneno, mas algumas pessoas achavam meio agressivo esse nome. Até que um dia, conheci uma pessoa que eu agradeço muito e tenho um enorme respeito que se chama Vitória Carvalho, que também é muito conhecida em Salvador. Ela me disse você não vai mas se chamar veneno, a partir de hoje seu nome vai ser Verônica e como meu sobrenome de batismo é Ribeiro foi assim que nasceu a Verônica Ribeiro.

DT. Você vive viajando e aproveitando bastante a cena LGBT em diversos lugares. Como você tem visto a cena LGBT em Salvador? Houve realmente alguma melhora? Estamos prontos para Receber turistas LGBTs?
VR. Olha, é claro que houve melhora, mas ainda sinto falta de variedades de opção na noite GLS baiana.

DT. Os boatos ou verdades sobre as fantasia e desejos dos clientes em serem penetrados por uma mulher realmente procede nos seus atendimentos?

VR. Não são boatos não, a fantasia de ter um homem e uma mulher no mesmo corpo e o que move a cabeça da maioria dos homens e quanto mais linda, feminina e superdotada, mais sucesso e remuneração financeira para uma verdadeira boneca, tanto aqui o Brasil ou em outros países. “Papy eu tenho vários salários mínimos”.
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