Travesti morre após cirurgia de lipoescultura; silicone industrial pode ter afetado

Genilson Coutinho,
06/02/2012 | 21h02

Com o nome de registro de Rosenildo Martins, a travesti de 26 anos morava na Itália e veio exclusivamente para Campo Grande (MS) realizar uma cirurgia de lipoescultura reparadora. O procedimento começou às 11h da manhã de quinta-feira (02), terminando por volta das 15hs, quando a paciente sentiu uma queda de pressão.

“Meus assistentes e anestesistas ficaram lá e foram feitas quatro a cinco recuperações, mas ele não voltou mais”, declarou o cirurgião Paulo de Oliveira, que realizou a operação no Hospital São Lucas, à TV Record.

Segundo o cirurgião, a travesti queria modelar a região do abdômen retirando não apenas gordura, como também resquícios de silicone industrial, o que pode ter dificultado a operação. “É sempre um pouco mais difícil por conta da fibrose que forma em torno desse silicone. E a dificuldade dele de sair pela cânula de aspiração”, disse.

Antes de qualquer providência, o advogado da família da travesti, Antônio João Prereira Figueiró, afirmou que será aguardado o laudo do exame de necropsia, que serão emitidos pelo Instituto de Medicina e Odontologia Legal de Campo Grande (Imol). A família entrará com um pedido de indenização caso seja comprovado negligência médica.

O corpo da jovem foi transportado para Nobres (MT) e enterrado na tarde do último sábado  (04) no Cemitério Municipal da cidade. Com informações do site Acapa