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Transexual tem parte do nariz arrancado por ex após contar a mulher dele sobre caso

Genilson Coutinho,
13/10/2019 | 15h10

Na última quinta-feira (10), uma transexual de 42 anos, identificada como Barbara Difmack Araujo, foi agredida e teve parte do nariz arrancado pelo ex-namorado após falar sobre o envolvimento deles para esposa do rapaz. De acordo com informações do G1 Mato Grosso do Sul, a vítima contou que o relacionamento tinha 11 anos e que ela sempre era agredida quando tentava se separar. O caso aconteceu em Coxim, Campo Grande.

“Eu não aguentava mais viver nessa situação. Ele sempre me batia e, disposta a terminar com tudo isso, fui até a casa dele e contei para esposa com quem ele era casado há 6 anos. Quando saí de lá, ele jogou a moto em cima da minha [motocicleta] e começou a me bater”, desabafou Barbara ao G1 MS.

Ainda segundo o G1 Mato Grosso do Sul, antes da agressão, os dois discutiram porque ela queria viajar para outra cidade no feriado e o suspeito não concordou.

Barbara ficou com vários hematomas pelo corpo — Foto: PC de Souza/Reprodução

Barbara ficou com vários hematomas pelo corpo (Foto: PC de Souza/Reprodução)

“Ele tem um ciúme possessivo. Não é a primeira vez que ele me agride. Para não apanhar mais achei que essa seria a solução para me livrar dele”, explicou.

Barbara Difmack Araujo explicou ao G1 MS que foi até a casa do rapaz conversar com a esposa dele sobre a situação. “Eu contei tudo o que vivíamos e mesmo assim ela não acreditou em mim. Quando deixei o local fui atacada por ele e por mais um amigo”. Barbara ainda disse que estava em uma motocicleta quando os dois, em outra moto, jogaram a moto sobre ela.

“Começaram a chutar meu rosto e me dava vários murros por todo meu corpo. Me segurou pelos braços e mordeu no meu nariz arrancando um pedaço dele. Eu não sei o que fazer, pois não dá para dar ponto e meu rosto vai ficar deformado. Não tenho dinheiro para plástica”.

A delegada da Delegacia da Mulher em Campo Grande, Jennifer Estevam, contou que nesses casos transexuais podem entrar na lei Maria da Penha e conseguirem medida protetiva contra os agressores. “Se o juiz tiver alguma dúvida sobre medida protetiva, ele pode até pedir um estudo social para analisar a vítima e a condição dela”, explicou ao G1 MS. O caso será investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM).

*As informações são do G1 MS.