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“Todo mundo tem uma bicha dentro de si”, afirma Paulo Betti

Genilson Coutinho,
21/08/2014 | 10h08

paulob

Se divertindo com a interpretação da bicha do mal Téo Pereira, em “Império”, o ator Paulo Betti disse, em entrevista à colunista Cristina Padiglione, do jornal O Estado de S.Paulo, que encontrou esse lado gay dentro dele mesmo. “É tão fascinante essa relação do universo masculino com esse lado do homossexual! Quantos homens se vestem de mulheres no carnaval? Todo esse tipo de atividade, que é pra botar isso pra fora, fui buscar dentro de mim mesmo. Tenho que me policiar pra não trazer isso o tempo todo pra dentro de casa”, contou.

Para compor o personagem, Betti relata que visitou blogs de fofoca e se inspirou em interpretações famosas de papéis gays como a de Jorge Dória e Carvalhinho na peça “Gaiola das Loucas” e a de Marcelo Serrado em “Fina Estampa”.

Sobre as críticas de que está muito estereotipado, o ator diz que “uma ou outra pessoa acha caricato”. E rebate: “Sabe o que é? É que no Brasil (risos) tem muito técnico de futebol e todo homem entende como se faz uma bicha. Tem muito entendido na área. Os meus sobrinhos, no Natal, já sabiam que eu ia fazer o papel, contei que seria uma bicha louca, e imediatamente todos eles começaram a fazer a bicha louca, como era o gesto de mãozinha, e começaram a fazer piadas. Mas, no fundo, aquele sou eu. Todo mundo tem uma bicha dentro de si.”