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SJDHDS participa da abertura do Curso em Acolhimento ao Usuário Indígena LGBTQIA+ para profissionais de saúde indígena

Genilson Coutinho,
22/07/2021 | 11h07

Na ultima terça-feira (20), a Coordenação de Políticas LGBT da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), participou da abertura do Curso de Qualificação em Acolhimento ao Usuário Indígena LGBTQIA+. O curso é promovido pelo Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI/BA) e a Diretoria de Gestão do Cuidado, vinculados à Secretaria Estadual da Saúde. A atividade acontece de forma remota, através do aplicativo Zoom.
Cerca de 100 pessoas participaram do evento. O objetivo do curso é qualificar profissionais de saúde no acolhimento ao usuário indígena LGBTQIA+, melhorando a abordagem, o atendimento e o acolhimento junto a esse público. 
Na oportunidade, o coordenador de políticas LGBT da SJDHDS, destacou a importância da intersetorialidade e dos espaços formativos no combate ao preconceito e à violência.
“Queria reforçar a importância da intersetorialidade nas políticas de promoção de diretos da população LGBTQIA+, que é plural, diversa e por isso apresenta demandas específicas que precisam ser discutidas. A pauta LGBT deve ser vista como uma política de Estado, que dialogue com todos os setores. Esse curso é um marco para o movimento LGBT. Nós da SJDHDS, acreditamos na educação que forma e transforma como o meio para diminuir as violências lgbtfobicas, incluindo as violências institucionais, pois os serviços e espaços públicos devem ser espaços de acolhimento, que reconheçam a diversidade e estejam preparados para atender”, destacou ele.
Por sua vez, o coordenador de Promoção da Equidade em Saúde da Diretoria de Gestão do Cuidado da Sesab, Antônio Purificação, destacou a importância do curso e dos profissionais de saúde qualificarem o atendimento do público, com respeito à diversidade e direitos da comunidade.
“Como profissionais de saúde nos cabe saber quais os cuidados temos que ter em relação a essas pessoas, levar em conta suas especificidades, sempre com olhar profissional e não de julgamento. Precisamos também respeitar os conhecimentos milenares. Esse tipo de espaço formativo, visa capacitar e conscientizar quanto ao atendimento qualificado e orientado, para promover o acolhimento e a humanização das práticas e processos de trabalho dos profissionais em relação aos indígenas, à sua diversidade, cultura e as relações humanas como um todo”, enfatizou.
A mesa de abertura também contou com as participações da coordenadora do Comitê Técnico da Saúde da População Negra, Ubiraci Matildes, da assessora técnica da Sesab, Fabiana Souza e com a mediação de Uli Tupiná, do Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas do Estado da Bahia (COPIBA).
O curso teve continuidade com uma mesa temática sobre “Como o processo de colonização influenciou a sexualidade”, ministrada pelo jovem Liderança Indígena Niotxaru Pataxó.
Durante o curso, serão ministradas webaulas on-line, voltadas para as temáticas da saúde do indígena LGBTQIA+, durante as quais serão utilizados enquetes e vídeos de questões de casos e relatos de vivências.