Sete rapazes abusam de adolescente de 13 anos em escola de Brasília

Genilson Coutinho,
04/06/2012 | 13h06

Na última sexta (1º), sete rapazes abusaram sexualmente de uma adolescente de 13 anos numa escola pública de Ceilândia Norte. De acordo com a polícia, a vítima relatou que os abusos ocorreram durante o intervalo, dentro de uma sala de aula vazia. Fernando Fernandes, delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente, disse que três menores foram apreendidos, mas já foram liberados. Um rapaz, maior de idade, está preso e a polícia ainda tenta identificar três outros adolescentes.

Segundo Fernandes, a menina relatou ter sido empurrada para dentro de uma sala na hora do intervalo e obrigada a fazer sexo oral em dois dos rapazes, enquanto os outros ficaram de vigia na porta. Os sete alunos que participaram do episódio eram mais velhos. A polícia informou que um deles teria filmado a cena com o celular.

A polícia aguarda o laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML), para saber se houve outras formas de abuso e o delegado Fernandes disse que a investigação prosseguirá para identificar a participação de mais jovens no abuso. “Um segundo relato da vítima indica que há a participação de outros jovens que ainda não foram totalmente qualificados, identificados. Nós prosseguiremos com as investigações, no intuito de investigar esses jovens e apresentá-los, se menores, à Vara da Infância, e, se maiores, à vara criminal competente”, disse Fernandes.

Os suspeitos podem responder por estupro de vulnerável, sendo que o que é maior de idade pode pegar até 15 anos de reclusão. Já os menores podem ter de cumprir medida socioeducativa de até 3 anos de internação.

Escola – Segundo o delegado o crime teria ocorrido durante três dias seguidos e em horário de aula, e por conta disto, a escola pode ser responsabilizada. “O diretor ou servidor responsável pela segurança dos alunos na escola poderá responder, sim, pela omissão, se ficar caracterizado que ele podia e devia agir para evitar que o resultado ocorresse”, afirmou.

De acordo com o pai da garota, ela é aluna especial e tem dificuldade de aprendizagem. Ele conta ainda que esta não foi a primeira vez e que a filha foi abusada outras três vezes na escola. “Ela disse que travou, ficou preocupada de falar na escola e falar com os pais”, diz o homem, completando que ela está constrangida e não quer tocar no assunto. A família pretende mudar de endereço e trocar a menina de escola.

A Secretaria de Educação se manifestou por meio de nota, e informou que só vai decidir que medidas serão tomadas depois da conclusão do inquérito da polícia.Com informações da Câmara em Pauta