Sete rapazes abusam de adolescente de 13 anos em escola de Brasília
Na última sexta (1º), sete rapazes abusaram sexualmente de uma adolescente de 13 anos numa escola pública de Ceilândia Norte. De acordo com a polícia, a vítima relatou que os abusos ocorreram durante o intervalo, dentro de uma sala de aula vazia. Fernando Fernandes, delegado da Delegacia da Criança e do Adolescente, disse que três menores foram apreendidos, mas já foram liberados. Um rapaz, maior de idade, está preso e a polícia ainda tenta identificar três outros adolescentes.
Segundo Fernandes, a menina relatou ter sido empurrada para dentro de uma sala na hora do intervalo e obrigada a fazer sexo oral em dois dos rapazes, enquanto os outros ficaram de vigia na porta. Os sete alunos que participaram do episódio eram mais velhos. A polícia informou que um deles teria filmado a cena com o celular.
A polícia aguarda o laudo da perícia do Instituto Médico Legal (IML), para saber se houve outras formas de abuso e o delegado Fernandes disse que a investigação prosseguirá para identificar a participação de mais jovens no abuso. “Um segundo relato da vítima indica que há a participação de outros jovens que ainda não foram totalmente qualificados, identificados. Nós prosseguiremos com as investigações, no intuito de investigar esses jovens e apresentá-los, se menores, à Vara da Infância, e, se maiores, à vara criminal competente”, disse Fernandes.
Os suspeitos podem responder por estupro de vulnerável, sendo que o que é maior de idade pode pegar até 15 anos de reclusão. Já os menores podem ter de cumprir medida socioeducativa de até 3 anos de internação.
Escola – Segundo o delegado o crime teria ocorrido durante três dias seguidos e em horário de aula, e por conta disto, a escola pode ser responsabilizada. “O diretor ou servidor responsável pela segurança dos alunos na escola poderá responder, sim, pela omissão, se ficar caracterizado que ele podia e devia agir para evitar que o resultado ocorresse”, afirmou.
De acordo com o pai da garota, ela é aluna especial e tem dificuldade de aprendizagem. Ele conta ainda que esta não foi a primeira vez e que a filha foi abusada outras três vezes na escola. “Ela disse que travou, ficou preocupada de falar na escola e falar com os pais”, diz o homem, completando que ela está constrangida e não quer tocar no assunto. A família pretende mudar de endereço e trocar a menina de escola.
A Secretaria de Educação se manifestou por meio de nota, e informou que só vai decidir que medidas serão tomadas depois da conclusão do inquérito da polícia.Com informações da Câmara em Pauta