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“Sem chão”, diz Luisa Marilac sobre transforbia de cantor

Genilson Coutinho,
14/01/2019 | 11h01

Luisa Marilac usou seu canal no YouTube para se pronunciar depois de receber uma resposta transfóbica do cantor Nego do Borel no Instagram. Após compartilhar uma foto tomando banho de mar, Luisa, que ficou famosa pelo bordão “e teve boatos de que eu ainda estava na pior”, escreveu: “A cada dia que passa você está mais gato, homem”. Nego do Borel respondeu: “Você é um homem gato também, parabéns. Deve estar cheio de gatas!”. Luisa ficou surpresa com a resposta e comentou: “Onde você está vendo um homem aqui? De coração, gosto muito do seu trabalho, acho você um homem lindo. Seu comentário me deixou passada”.

Na gravação, ela disse eu oscilou da alegria para a tristeza após ver a forma como tinha sido tratada por ele. “Sempre segui o Nego do Borel. Pode olhar em qualquer comentário de site, blog, que as pessoas colocam tô sempre deixando um comentário que acho ele gato, que fazia, que barriga era aquela. Mas nunca faltei com o respeito. Na página dela eu gostava sempre de deixar emotion, sem ser vulgar pois não é o meu estilo. Como uma pessoa que sigo há muito tempo, quando ele me respondeu eu fiquei: ‘Putz, o cara falou comigo. Gosto pra caramba do trabalho do cara. Ele deixou um risinho e um ponto de interrogação. Eu respondi ‘Nossa, você é um homem bonito’ ou algo do tipo.

‘Putz, o cara falou comigo. Gosto pra caramba do trabalho do cara. Ele deixou um risinho e um ponto de interrogação. Eu respondi ‘Nossa, você é um homem bonito’ ou algo do tipo. Ele me deu aquela resposta dizendo que eu também era um homem bonito e devia ter várias meninas atrás de mim. A primeira me deixou feliz, queria postar, ele falou comigo. Na segunda eu fiquei sem chão, sem saber o que falar. Sabe quando você sente aquele frio horroroso no estômago, sente coisa na garganta, não consegue se expressar, chorar, passei o dia assim. É uma pessoa que gosto, sigo há muitos anos, conheço o trabalho. E ele ter me respondido daquela forma tão transfóbica me fez mal.

Tô acostumada com isso pois passo por isso na rua o dia todo, nós travestis não temos direito de ir e vir”, desabafou ela. “Deixei de seguir na mesma hora. Não tenho raiva dele, da mesma forma que a gente gosta a gente aprende a desgostar. A gente tem que amar quem ama a gente, gostar de quem gosta da gente, isso eu aprendi com o tempo e com a vida”, continuou Luisa.

Assista o depoimento de Luisa :