Secult promove campanha sobre patrimônios culturais da Bahia

Genilson Coutinho,
14/11/2012 | 13h11


Até domingo, dia 18 (novembro, 2012), a Secretaria de Cultura do Estado (Secult), através do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC) realiza campanha sobre os bens culturais da Bahia protegidos oficialmente por instâncias estaduais, federais e internacionais. A iniciativa que começou último dia 3 pretende despertar maior consciência participativa do cidadão para a proteção efetiva desses patrimônios baianos.
São exibidos dados e fotos sobre os centros históricos de Salvador e Caetité, as cidades de Cachoeira e São Félix, a arquitetura art déco e modernista em salvador, bens imateriais como o Ofício de Vaqueiros, e os Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina.
A campanha se utiliza de 442 inserções em rádios AM e FM de Salvador, e 3,7 mil em cidades do interior como Ilhéus, Itabuna, Valença, Eunápolis, toda a região do Recôncavo baiano, dentre outros municípios. Na capital baiana, além de inserções em rádios, foram produzidos outdoors e busdoors, este último, adesivos colocados em ônibus de grande circulação na cidade. Ao todo são 62 unidades de busdoors e outdoors.
Segundo o diretor do IPAC, Frederico Mendonça, a publicidade complementa ações de formação cidadã, educação patrimonial e a política pública do Instituto. “Informar e comunicar é obrigação legal e determinação federal, além de ser imprescindível para mobilizar a população para a proteção e a preservação”, diz Mendonça. Ele explica que a campanha tem o lema ‘Conheça, Valorize e Preserve’. A primeira etapa deste ano (2012) informa quais são os bens culturais. Já em 2013 serão promovidas a valorização e a preservação.
“Nos últimos seis anos (2007-2012) os governos federal e estadual investiram cerca de R$ 40 milhões, somente através do IPAC, beneficiando bens culturais baianos com obras, restaurações e projetos diversos, mas nada adianta se os proprietários desses patrimônios e a população não entenderem que eles são partícipes ativos na proteção desses acervos que sintetizam a história e cultura do nosso povo para as futuras gerações”, diz Mendonça.
O assessor de Comunicação do IPAC, Geraldo Moniz, que fez o atendimento à agência Tempo Propaganda, criadora da campanha, ressalta a mobilização. “Não se faz política pública sem participação da população, ainda mais com bens edificados que necessitam de vigilância e consciência cidadã para não serem depredados. Segundo ele, monumentos onde foram gastos milhões, depois de inaugurados são depredados por anônimos. “Nesses casos ficam evidenciadas a ausência de compromisso, consciência participativa e cidadã”, relata Moniz.
Para informar e combater a falta de compromisso, o assessor do IPAC lembra que desde 2007 o IPAC promove oficinas de educação patrimonial, visitas guiadas a monumentos restaurados, publica cartilhas, guias de orientação e livros, e produz vídeos sobre bens culturais. Fóruns, seminários e encontros completam a lista. “Nas atuais obras do IPAC na Igreja de Piatã, Chapada Diamantina, e nos painéis modernistas da Escola Parque, em Salvador, estão sendo promovidas atividades paralelas com vídeos-educativos e visitas guiadas, este último via parceria entre Secretaria de Educação e Secult”, completa Geraldo Moniz.
Em Salvador os outdoors estão nas avenidas Paralela, ACM, Juracy Magalhães, Tancredo Neves, Magalhães Neto, Bonocô, Vale do Canela, Rótula do Abacaxi e outros pontos. Placas nas rodovias federais BR-116, BR-110, BR-324, BR-242 e BR-407. Banners virtuais nos sites de grande acesso como A Tarde OnLine, IBahia, G1 Bahia, Correio24h e outros. No interior, a campanha virtual atinge sites de Cruz das Almas, Camaçari, Muritiba e Santo Antônio de Jesus. Outras informações sobre a campanha e o IPAC via facebook ‘Ipacba Patrimônio’, twitter ‘@ipac_ba’ e site www.ipac.ba.gov.br.