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Saratyelly Koslowysky: “a arte está para todos, mas nem todos estão para a arte”

Genilson Coutinho,
06/05/2017 | 11h05
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No espetáculo Sou Transformista com Mitta Lux e Valerie O’rarah/ Foto: Genilson Coutinho

Saratyelly Koslowysky, ou Russa como também é conhecida no meio dos transformistas de Salvador, é a personagem do maquiador e cabeleleiro David Esquivel, que encanta por onde passa com sua arte, disciplina e dublagem perfeita.

Vencedora do concurso Microfone de Ouro, promovido pelo Clube 11, Sara é uma das referências para os transformistas na atualidade. Fora a dublagem competente, do figurino ao cabelo ele chega chegando e criando expectativas nos fãs a cada apresentação.

Ao lado do diretor Fernando Guerreiro / Foto: Genilson Coutinho

Vale lembrar encontrar essa diva não é fácil, pois não faz shows regulares nas grandes casas, apresentando-se apenas em eventos fechados e concurso de beleza. E foi com essa classe que ela encantou o diretor teatral Fernando Guerreiro, que a conheceu durante o espetáculo Sou Transformista, idealizado pelo site Dois Terços.

Sobre a paixão pelo transformismo, Sara conta que a vontade de atuar nasceu de quando estava do outro lado das cortinas. “Minha paixão pela arte transformista nasceu quando eu era um mero espectador. Além da beleza em produção que os artistas apresentavam, o que mais me chamou atenção foi quando percebi que era capaz de me emocionar através da dublagem feita pelos mesmos. Para mim esse foi o ponto que definiu meu apreço pela arte transformista, mas também tem a ver também…gosto de cantoras com voz forte, marcante…isso me atrai, me emociona e ajuda a compor meu personagem”.

Sobre a conquista do título de melhor dublagem no Concurso Microfone de Ouro, ela define como um divisor de águas em sua carreira. “Sendo eu admirador e executor da arte transformista, esse prêmio foi e é um marco em minha carreira, só tenho a agradecer por essa conquista…me emociono quando lembro”, diz ela.

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Questionada sobre o crescimento da cena transformista, que tem ganhado novas estrelas a cada dia, Sara se mostra feliz, porém cautelosa. “Vejo com bons olhos, acho digno e necessário que a arte transformista siga em frente, que novos artistas deem continuidade…lembrando que a arte está para todos, mas nem todos estão para a arte”.