‘Rocketman’: a vida nua e crua do cantor Elton John por Genilson Coutinho
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Taron Egerton vive Elton John no filme ‘Rocketman’ — Foto: Divulgação
Por Genilson Coutinho
A vida do tímido pianista Reginald Dwight, nome de batismo do cantor Elton John, vivido pelo ator galês Taron Egerton, que deu cara e ritmos aos hits, como “Your Song”, “Tiny Dancer” e “Goodbye Yellow Brick Road” para contar a história do garoto de uma cidadezinha que se transformou numa das figuras mais importantes da cultura pop mundial e da luta em prol da comunidade LGBTQ, enche a telona com o colorido do aguardado “Rocketman”, com direção de Dexter Fletcher, que conta por meio de um trama musical as dificuldades e desafios da infância ao estrelado.
O longa traz um rico relato em detalhes das dificuldade vividas por Elton com um pai militar, grosso, frio e sem sentimentos, que pouco se importava com o filho. Além de uma mãe que também não morre de amor pelo pequeno Elton que desde a infância já dava sinais da sua paixão pela música e pelo sonho de ganhar um abraço do pai, mas que meio a essa situação não abre a mão de sonho de ganhar o mundo, dando os primeiros passos na Royal Academy of Music iniciado com um teste para ingressar na conceituada academia.
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‘Rocketman’, filme sobre Elton John, estreia nos cinemas em maio de 2019 — Foto: Divulgação
Conflito familiar, a dependência da cocaína e do álcool, o longa nos apresenta um Elton que para quem não é fã jamais iria imaginar um dos principais astros da música pop mundial teria enfrentado o desafio de vencer o vício e dando a volta por cima, servindo de exemplo para milhares de pessoas que tentam se livrar do vício do álcool ou das drogas. E é justamente neste grupo semelhante a um grupo de AA (Alcoólicos Anônimos) que o diretor desfila entre as vestes cinza do início da carreira aos fechativos figurinos para narrar a trajetória das dores, da falta de um pai presente, os primeiros passos carreira aos envolvimentos amorosos, da bissexualidade a sua aceitação como gay.
Mas é bom ficar atento aos inúmeros óculos coloridos ou mais decretos que além de compor o figurino também sintoniza com as fases de alegrias e tristezas nas 2h de duração do longa, que conquista o espectador por meio dos coloridos ao enquadramento das câmaras que nos leva para dentro do filme sem nos deixar piscar a cada novo aparição do astro. Sem falar na cena mais quente do filme quando ele se entregar de corpo e alma, ao escroto empresário John Reid (Richard Madden) na cena mais esperada pelos fãs. Após debates sobre a classificação, somente o espectador dirá se realmente há a necessidade desse barulho todo, inclusive questionado durante entrevista ao The Guardian UK, o astro abriu o coração e se posicionou, “Alguns estúdios queriam diminuir o sexo e as drogas para que o filme recebesse uma classificação indicativa de 13 anos, mas todo mundo sabe que eu tive muito dos dois durante os anos 70 e 80. Então não parecia haver muito sentido em fazer algo implicando que depois de cada show, eu voltava silenciosamente para o meu quarto de hotel com apenas um copo de leite morno e a bíblia como companhia”.
“Toda a experiência de ver alguém fingir ser você na tela, de ver coisas que você lembra ter acontecido novamente diante de seus olhos, é muito estranha e desconcertante, como ter um sonho incrivelmente vívido”, disse John sobre o filme. “Eu dei meus diários para Taron Egerton quando assumiu o papel principal. Ele veio à minha casa, conversamos e deixei que os visse. Eu sabia que ele era o homem certo quando o ouvi cantar Don’t Let the Sun Go Down on Me”, completou.
No longa que chega aos cinemas nesta quinta-feira (30), os fãs do cantor e quem não conhece a história desse ícone irá se apaixonar com um filme repleto de histórias da vida de Elton contadas de verdade, da meio breguice do astro ao talento coberto de plumas, paitês e das grandes canções que marcaram a vida de muita gente. No elenco ao lado de Taron Egerton, Jamie Bell é o compositor e parceiro Bernie Taupin, Richard Madden aparece como o primeiro empresário, John Reid e Bryce Dallas Howard é a mãe de Elton, Sheila Farebrother.
Genilson Coutinho é editor do site Dois Terços