Reitor garante apoio ao combate da violência de gênero e homofobia na UFRB

Genilson Coutinho,
27/09/2013 | 10h09

Em reunião realizada na tarde da  última   quarta-feira, 25, o reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Gabriel Nacif, recebeu representantes do Núcleo de Gênero, Diversidade Sexual e Educação da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis e do Núcleo Capitu de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gênero, Diversidade e Sexualidade. Na oportunidade, os grupos reivindicaram e garantiram apoio institucional ao combate da violência de gênero e homofobia no âmbito da universidade.

Representados pela professora Ana Cristina Givigi e discentes da UFRB, os Núcleos entregaram ao reitor um relatório contendo denúncias de abusos, violências físicas e verbais contra gays, lésbicas, mulheres heterossexuais e pessoas transgenêros dentro e fora da universidade. “Somos todos ameaçados e violados junto com esses alunos. A reitoria não pode fazer tudo sozinha, mas podemos fazer isso juntos na medida em que tivermos condições estruturais e políticas”, ponderou Ana Cristina.

A estudante do Centro de Formação de Professores e 1ª Diretora LGBT da União Nacional dos Estudantes (UNE), Larissa Passos, afirmou a necessidade de a universidade criar políticas que se comprometam com a luta contra a violência de gênero. Para o presidente da Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (APUR), David Teixeira, que também participou da reunião, as denúncias do relatório precisam ser tratadas do ponto de vista emergencial. O professor defende que seja garantido o direito de igualdade no tratamento de todos.

Após as falas, o reitor Paulo Gabriel Nacif anunciou algumas providências para garantir, o mais rápido possível, o direito ao nome social às pessoas transgêneros, bem como oferecer cursos sobre a temática no Plano Anual de Capacitação e Aperfeiçoamento dos Servidores Técnico-Administrativos (PACAP), melhor estruturar os Núcleos sobre diversidade sexual, promover debates formativos por meio de estudiosos de gênero e sexualidade, combater a evasão de alunos LGBT por meio do Programa de Promoção do Sucesso Acadêmico e publicar uma cartilha educativa sobre a universidade e a homofobia.

Ao final, o reitor frisou a importância do diálogo com o Movimento LGBT para a consolidação da universidade: “É um movimento fundamental para consolidar a UFRB. Nós precisamos dialogar, não podemos formar bárbaros qualificados”, defendeu Nacif. Com informações da Ascom/APUR.