Redução no número de mortes por HIV pode contribuir para prática do sexo desprotegido

Genilson Coutinho,
26/06/2012 | 15h06

O último relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) mostrou que 700 mil óbitos relacionados à doença foram evitados no mundo apenas no ano de 2010. “Isso pode estar relacionado com a melhoria na eficácia dos medicamentos antiretrovirais, mas não significa que os casais devam se descuidar. A prevenção ainda é o melhor remédio”, alerta o urologista especialista em andrologia, Francisco Costa Neto.

Segundo Neto, a medicina avançou nos tratamentos e ajudou a aumentar a expectativa de vida dos soropositivos, mas estes números devem ser encarados com responsabilidade, pois podem abrir espaço para o sexo desprotegido. “As pessoas tem uma falsa sensação de proteção e acabam refreando o uso do preservativo, o que é um grande erro, já que elas ficam mais expostas ao HIV e outras DSTs, além da gravidez indesejada”, pontua Neto.

Outro ponto importante que o urologista destaca é a necessidade permanente de programas e políticas públicas que desenvolvam ações educativas e preventivas junto à população. “Vemos uma grande movimentação de campanhas de prevenção à AIDS durante o verão e o carnaval, devido ao aumento nos índices de exposição ao sexo desprotegido, mas isso deveria ser um assunto constante nas escolas e no cotidiano da sociedade”, conclui Neto.