Sala VIP

Psicóloga Laura Muller fala ao Dois Terços

Genilson Coutinho,
27/07/2013 | 02h07

A jornalista, psicóloga e educadora sexual que faz sucesso no programa Altas Horas, Laura Muller é conhecida por tratar dos temas mais picantes com naturalidade e bastante desenvoltura. Autora de dois livros: “500 Perguntas sobre Sexo do Adolescente – Um Guia para Jovens, Educadores e Pais” e “500 Perguntas sobre Sexo – Respostas para as Principais Dúvidas de Homens e Mulheres”, ambos publicados pela Editora Objetiva, Laura Muller lançou este mês  sua terceira obra, que aborda  tema que gera grandes dúvidas nos dias de hoje: a Educação Sexual. Confira o bate-papo completo do Dois Terços com a terapeuta.

DT – Seu novo livro “Educação Sexual em 8 Lições” aborda questões em torno de como educar sobre sexualidade da infância à adolescência, atendendo um pedido de pais e professores que não sabem lidar com o tema. De que forma a abordagem da homossexualidade neste novo livro pode ser trabalhada dentro do ambiente escolar e familiar?

A gente precisa apenas entender que homossexualidade não é doença, mas sim o jeito como a pessoa sente desejo sexual. Para isso, vale se informar cada vez mais sobre sexualidade, seja em livros, palestras ou onde mais houver conteúdos de qualidade.

 

DT – A sua participação no programa Altas Horas trata de maneira muito didática temas que continuam sendo tabus para muitas famílias brasileiras. O Brasil pode ser considerado um país conversador?

É sim! Aliás, a gente vive ainda numa cultura bastante conservadora, em que sexo é um assunto tabu em variados países. Claro que já estamos muito mais abertos a pensar o tema do que na época dos nossos avós e bisavós. Mas ainda é uma questão polêmica, que gera muitas dúvidas, angústias e inquietações. Observo isso nas palestras que faço pelo Brasil afora para jovens, adultos e terceira idade. E também em congressos e eventos fora do país.

 DT – Os adolescentes estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo. Quais cuidados os pais desses jovens devem ter?

De acordo com pesquisas do Ministério da Saúde e da Educação, a idade média de iniciação sexual do brasileiro é entre 15 e 17 anos de idade. Nesse momento, é importante que o jovem fique atento a três grandes eixos, que trabalho sempre nas minhas palestras seja para eles ou para professores e pais: 1) a gravidez fora de hora, como evitar e lidar; 2) as doenças sexualmente transmissíveis, como evitar e lidar; e 3) a prática do sexo em si, o afeto, o prazer e a diversidade.

 DT – Recebemos muitos e-mails de pais que não aceitam a orientação sexual dos seus filhos. Como a senhora tem lidado com esses pais nas palestras e nos atendimentos?

É importante a gente olhar de uma forma cada vez mais positiva para o sexo e a sexualidade, entendendo que cada pessoa é única e que seu jeito de ser deve ser respeitado.

DT – Alguns casais gays depois de anos de relacionamento resolvem abrir o casamento. A senhora já atendeu algum caso deste?

Não dá para revelar o que o psicólogo atende em consultório. Lá é um terreno para o sigilo.

DT – A senhora tem muitos fãs em Salvador. Há planos de um lançamento para os soteropolitanos?

Ainda não, mas podemos agendar, com todo o prazer!

Para saber mais e acompanhar o trabalho de Laura Muller, acesse: www.lauramuller.com.br