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Professora lésbica se demite após perseguição homofóbica

Genilson Coutinho,
24/12/2016 | 20h12

Uma professora se demitiu na Rússia após perseguição de um homem que se autodenomina ativista social.

Timur Bulatov descreveu Maria Shestopalova como “satânica” e “lésbica” em um dossiê de 31 páginas entregue para a diretora da escola onde Maria trabalhava.

Segundo a BBC, Bulatov acusou-a de “promover a homossexualidade”, criticando, inclusive, a aparência da docente, como uso de piercings no lábio e orelha.

O suposto ativista disse ainda que a professora “não compreende os limites da sua profissão”, o que “pode prejudicar os seus alunos” e também se vangloria de ter “salvado” centenas de crianças russas das mãos de 65 professores “imorais”, que chegou a denunciar.

Maria Shestopalova usou as redes sociais russas, na quinta-feira, 22, para comunicar que se tinha demitido na sequência da pressão exercida pelos responsáveis da escola durante a reunião que, segundo a docente, durou seis horas. A reputação da escola, dos professores e a possível reação dos pais dos alunos foi o que pressionou Shestopalova a tomar essa decisão.

Na Rússia, vigora, desde 2013, lei que pune “propaganda gay” em frente a menores de idade.