Presidente da associação de travestis critica comando da PM por retirada do nome em cartilha

Genilson Coutinho,
23/07/2021 | 09h07

A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, criticou a Polícia Militar da Bahia por ter retirado a assinatura na cartilha elaborada pela Defensoria Pública. “É triste que um comandante da polícia queira impedir que a população trans tenha uma abordagem digna. Queremos apenas que se resguarde o direito de cada pessoa”, diz.

Conforme apurou o Metro1, o nome do Comandante Geral da PM, Coronel Paulo Coutinho, constava na assinatura do documento, mas, em cima da hora, foi pedida a retirada por divergências no ponto que tratava da abordagem de pessoas trans. 

No tópico da cartilha, “abordagens a grupos vulnerabilizados”, o texto da cartilha diz que: “o homem e a mulher trans deverão ser consultados sobre a forma de tratamento mais adequada durantes uma revista ou busca pessoal, também em respeito à sua dignidade e ao seu direito em se identificar como do gênero masculino ou feminino, bem como para preservar sua própria segurança”.

Keila disse ainda que é necessário continuar o diálogo para que polícia se sensibilize para as necessidades do público trans. “A gente quer escolher se é pra ser abordado por um agente masculino ou feminino. É necessário que a gente continue o diálogo para que a polícia entenda essa nossa reivindicação. Eles trabalham com a população e precisam de uma abordagem humanizada. Ainda mais para a população trans, que é mais vulnerabilizada”, diz.

Do Metro 1