Prefeitura do RJ investe R$ 2 milhões em ação contra AIDS

Genilson Coutinho,
01/12/2011 | 08h12

 

Mais de 3.000 funcionários, 185 unidades de saúde e R$ 2 milhões de reais. Esse é o arsenal de guerra da Prefeitura do Rio para a maior ação contra a AIDS já realizada em um município brasileiro. A campanha, que acontece sábado (03), é uma ação da Secretaria Municipal de Saúde e da Defesa Civil e chega logo após dados do Ministério da Saúde sobre o contágio do vírus HIV no Brasil, indicando maior risco entre gays e mulheres jovens.

Com a meta de realizar cerca de 30 mil testes somente no sábado. Postos de saúde e clínicas da família em toda a cidade estarão à disposição da população para a realização do exame de detecção de HIV e sífilis, das 8h às 17h. Os resultados estarão disponíveis para os pacientes em aproximadamente dez dias, pela internet ou na unidade onde fez a coleta. A ação faz parte da campanha “Fique Sabendo”, em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, celebrado no dia 1º de dezembro.

Apesar do número de pessoas com AIDS ter se mantido estável em 2010, houve entre os jovens homossexuais um aumento significativo nos índices. Em 1998, eram 12 homossexuais para cada 10 heterossexuais com AIDS no grupo entre 15 e 24 anos. Em 2010, foram 16 para cada 10.

Carlos Tufvesson, à frente da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS), anunciou que “os dados apresentados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde servirão de base para programar ações de prevenção para a comunidade LGBT, especialmente para o Carnaval”. Para ele, as estatísticas indicam a falta de conhecimento por parte dos jovens de hoje sobre a AIDS.

A CEDS apresentará à Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil e ao prefeito Eduardo Paes uma plano de ações para evitar novos contágios, além de reforçar a necessidade de se fazer o teste. ” É bom divulgarmos que não existe ‘grupo de risco’ e sim ‘comportamento de risco'”, lembrou Tufvesson, .

Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

Monumentos como o Cristo Redentor, Arcos da lapa e a catedral Metropolitana serão iluminados de vermelho nas noites de 01, 02 e 03 de dezembro. O objetivo é chamar a atenção da população para e campanha e conscientizar a sociedade sobre a luta contra a pandemia da AIDS. “Queremos que o carioca lembre-se das pessoas vivendo com HIV em nosso país e no mundo. O preconceito torna ainda mais difícil a vida dos cidadãos HIV+”, ressalou Tufvesson.

“Uma ação de grande visibilidade como essa é fundamental em uma campanha de prevenção. É a maneira de lembrar à população que a cura não existe ainda e o preservativo é a única maneira tecnicamente comprovada de se combater não só o HIV, mas outras doenças sexualmente transmissíveis”, atentou.