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Portador de HIV sofre discriminação no Chipre

Genilson Coutinho,
24/09/2015 | 23h09

Mesmo com avanços no tratamento de pessoas soropositivas, o preconceito e a ignorância sobre o tema ainda apresentam sintoma de estágio inicial. O episódio que relatamos agora é um exemplo disso. Ocorreu em um hotel no Chipre, país europeu no Mar Mediterrâneo, que se comportou como se estivesse no auge da epidemia da aids, na década de 1980, quando a doença causava pânico generalizado e não tinha tratamento eficaz.

Um hóspede britânico do resort de Paphos sofreu uma queda e foi levado a uma clínica. Lá, ele informou que era soropositivo. Quando ele retornou ao hotel, uma surpresa: ele foi informado de que não poderia permanecer mais lá. Traduzindo o ocorrido: a clínica quebrou a confidencialidade do paciente e, pior, recomendou ao hotel que sua roupa de cama fosse queimada e o quarto desinfetado.

Hotel onde ocorreu o episódio

“É como nos anos 80, antes de sabermos o que o HIV era”, afirmou Stella Michaelidou, chefe do Centro de Apoio ao HIV/Aids local, ao jornal britânico Daily Mail. Para piorar, a postura do hotel foi repetida por outros hotéis e clínicas da região. Segundo a publicação, o homem teria ficado sem tratamento por cinco a seis dias, tempo em que ficou impedido de retornar ao Reio Unido por ainda sofrer com tonturas causadas pela queda. O caso está sendo investigado pelo Ministério da Saúde local.