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Paroano Sai Milhó revisita os bailes de salão com shows no Café Rubi

Genilson Coutinho,
10/02/2020 | 17h02

Depois do enorme sucesso em 2017, 2018 e 2019, o grupo Paroano Sai Milhó foi convidado novamente para participar dos bailes de Carnaval do Café Rubi, no Wish Hotel da Bahia, em 2020. Dentro do projeto “Verão Rubi”, as apresentações ocorrem nos dias 14 e 15 de fevereiro, sempre das 20h30 às 23h.

A proposta é relembrar o clima dos Carnavais de salão e, por isso, o Paroano convida o público a vestir sua fantasia e dançar ao som de músicas que marcaram época.

“Vamos reviver os bailes que aconteciam em períodos de ouro da folia e deixaram saudades. Queremos levar nosso abraço e nossa alegria para comemorar os mais de 50 carnavais do grupo”, afirma Francisco Mascarenhas, integrante e co-fundador do Paroano.

As duas noites serão regadas a muita animação ao som de composições de Walter Queiroz, Carlinhos Cor das Águas, Caetano, Pepeu, Gil, Moraes, Gerônimo, Dito, entre tantos outros artistas brasileiros.

O show presta um tributo aos compositores baianos, produtores de imensa matéria-prima musical que alimenta o Paroano há muitas décadas, mantendo sua essência de arte de rua. Não faltarão, é bom lembrar, as tradicionais marchinhas carnavalescas.

História e tradição – Uma das entidades mais tradicionais da folia baiana, o Paroano Sai Milhó fez seu primeiro desfile de Carnaval em 1964. A primeira fantasia usada pelo grupo foi improvisada e não agradou muito. Alguém, a título de consolo e incentivo, disse: “para o ano sai melhor”, e a frase acabou sendo adotada como nome do bloco.

Nas ruas, os integrantes tratavam de acrescentar ao repertório tradicional carnavalesco, formado de marchinhas, sambas e frevos, músicas da MPB, de todos os tempos e estilos, com arranjos especiais para a folia momesca.

“Eles são o oásis do carnaval baiano”, disse certa vez Caetano Veloso. Apesar da estreia na festa de Momo, sua fundação oficial se deu em 9 de fevereiro de 1964, nas rodas de seresta do Largo do Godinho (Saúde), pelo engenheiro e violonista Antônio Carlos Mascarenhas, o “Janjão”.

O que define o grupo, composto atualmente por 17 músicos e vocalistas, é a sua forma original acústica, que desafia o som eletrônico, já que todos cantam “no gogó”, em ciranda, de estandarte em punho, travestidos de palhaços, como um “Exército de Brancaleone” do Carnaval de rua da Bahia, empunhando violões, cavaquinhos e percussões, sempre cumprindo a promessa cunhada no nome da banda.

O Paroano Sai Milhó é: Adilson, André, Ari, Jackson, Ferreira, Quico, Niltão, Flávio, Mundinho, Geraldo, Caito, Gerson, Álvaro, Chico Ulisses, Chico Mascarenhas, Lindberg e Zé Raimundo.

Serviço

O quê: Paroano Sai Milhó
Quando: 14 e 15/02 (sexta e sábado)
Horário: das 20h30 às 23h
Onde: Café Rubi
Quanto: Couvert artístico – R$ 80

Compra

Bilheteria: Café Rubi – 71 3013-1011
segunda a sábado, das 14h às 19h (em dias de apresentação, até às 20h30)
Vendas online: https://couvertartistico.caferubi.com.br/