Discutir o quê inspira o artista a criar uma obra de temática LGBT, essa é a proposta do evento Os SubVersos, que acontece no dia 16 de junho de 2012 no Centro Cultural Justiça Federal, na cidade do Rio de Janeiro.
De onde vem a inspiração?
Qual o limite entre inspiração e “piração”?
Qual o papel das artes na discussão da temática LGBT?
Existe arte LGBT, ou “arte é arte”, ficando a classificação por conta do público?
A arte LGBT é restrita apenas a esse público, ou outros públicos também podem apreciá-la?
Estas e outras questões serão abordadas por Almir França, Bayard Tonelli, Fábio Fabrício Fabretti, Henrique Ludgerio, João W. Nery, Marcelo Laffitte e Rafael Saar.
Além do bate-papo entre os participantes e a platéia, também serão exibidos o curta-metragem Depois de tudo e trechos dos filmes Dzi Croquettes e Elvis & Madona.
Após o bate-papo haverá sessão de autógrafos dos escritores participantes do evento.
Por que Os SubVersos?
Subverso é uma palavra que oficialmente não consta nos dicionários. Na verdade é uma invenção que remete a outros significados.
O prefixo “sub” refere-se a algo que está por baixo. Mas no nosso caso, não no sentido de inferioridade, e sim como ideia de algo (ou impulso) que sustenta a base. É o alicerce, fundação / fundamento que sustenta uma obra. Ou seja, é a (ins)piração do criador.
A segunda possível interpretação refere-se à palavra subversivo, ou seja, aquele que subverte a ordem instituída. O ideal do subversivo é fazer ruir estruturas, paradigmas e conceitos / preconceitos. Revolucionar antigos ideais já obsoletos é a proposta do subversivo.
Subverso também pode ser entendido como underground, ou seja, o “submundo” que nossos criadores visitam ou frequentam para idealizarem suas criações. São os que vivem à margem da sociedade heteronormativa (marginais) que protagonizam suas obras.
Por fim, temos a ideia de verso, ou melhor, de um verso do “submundo”, um verso subversivo. Porque acreditamos que a arte é, antes de tudo, uma poderosa arma para a nossa revolução.
Sobre a parceria entre Os SubVersos e o Grupo Pela Vidda
O Grupo Pela Vidda (GPV-RJ) foi fundado em 24 de maio de 1989 pelo escritor Herbert Daniel e trata-se do primeiro grupo fundado no Brasil por pessoas vivendo com o HIV e Aids, seus amigos e familiares.
A sua missão institucional se baseia nos pilares: ativismo, assistência e atividades de convivência e fortalecimento pessoal, e prevenção, e os seus objetivos principais são afirmar o ativismo e a luta contra a epidemia de HIV e a Aids no Brasil; a ruptura do isolamento social dos portadores deste vírus, reintegrando-os ao quotidiano social; a desconstrução do estigma relacionado à doença, e, por fim, a defesa e garantia dos direitos e dignidade dessas pessoas. (Fonte: site do Grupo Pela Vidda)
Por acreditar na responsabilidade social de todos em prol de uma sociedade mais igualitária, Os SubVersos firmou uma parceria com o Pela Vidda, de modo que parte das vendas dos livros comercializados no evento será revertida para as obras assistenciais do grupo.
PARTICIPANTES
Mediadores:
Lorna Washington (madrinha do evento), artista transformista, militante da causa LGBT e co-fundadora do Grupo Pela Vidda.
Kiko Riaze, autor dos livros Depois de sábado à noite e Águas cálidas.
Debatedores:
Almir França, estilista, figurinista, cenógrafo e militante da causa LGBT.
Bayard Tonelli, integrante do grupo Dzi Croquettes, ator e autor do livro DZI’in’VERSO.
Fábio Fabrício Fabretti, autor dos livros O mistério dos livros, O mundo rosa de Amarelino, Quarenta anos de Gloria (biografia da atriz Gloria Pires), dentre outros.
Henrique Ludgerio, artista plástico e autor do livro Caos de uma vida sem sonhos.
João W. Nery, autor do livro Viagem solitária.
Marcelo Laffitte, roteirista e diretor do filme Elvis & Madona, dentre outros.
Rafael Saar, roteirista e diretor do filme Depois de tudo, dentre outros.
Mais informações aqui