Orquestra Museofônica e Balé Folclórico da Bahia apresentam, amanhã, palestra musicada e coreografada

Genilson Coutinho,
24/09/2013 | 13h09

Em parceria com o Teatro Miguel Santana, o Solar Ferrão apresenta o evento Orquestra Museofôninica e Balé Folclórico sonorizam Ibejis – Palestra Musicada e Coreografada, amanhã (25 de setembro), às 16h, no Teatro Miguel Santana. A ação celebra a 7ª Primavera dos Museus, que faz parte do calendário comemorativo do Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM. Nos museus de todo o país, serão realizadas atividades em torno de um mesmo tema: Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira.

O evento é também uma homenagem aos 25 anos do Balé Folclórico da Bahia. Criador e diretor da companhia de dança, Vavá Botelho mostra o seu lado cantor, ao se apresentar junto com a Orquestra Museofônica, regida pela etnomusicóloga Emília Biancardi. Integrantes do Balé Folclórico também participarão do espetáculo. Em paralelo, a coordenadora do Solar Ferrão, Osvaldina César, fala sobre a herança africana na Bahia. “Será uma conversa mesmo, onde pretendo trazer a África para a Bahia, numa espécie de reafirmação de processos de memória e valorização do legado desses povos”, avisa Osvaldina.

Amigos de longa data, nesse espetáculo, Emília Biancardi e Vavá Botelho retomam a parceria profissional, que começou há 35 anos. “Eu a chamo de la madre e ela me chama de filhote de onça”, brinca Vavá, sobre a relação de carinho entre os dois. O bailarino conheceu Emília quando entrou no Viva Bahia, grupo folclórico criado pela etnomusicóloga na década de 70. “Até então, eu não sabia exatamente que carreira seguir. A família achava que a arte era um hobby e dizia que eu tinha que ter uma profissão ‘de verdade’. Eu já tinha até pensado em ser arquiteto”, relembra. “Ela que me mostrou o rumo da minha vida profissional”.

A atividade Orquestra Museofôninica e Balé Folclórico sonorizam Ibejis – Palestra Musicada e Coreografada é gratuita e aberta ao público. O Teatro Miguel Santana fica na Rua Gregório de Matos, 49, Pelourinho. Informações pelo (71) 3116-6740.

Sobre a Orquestra Museofônica – Idealizada por Ana Liberato (diretora da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural DIMUS/IPAC) e Emília Biancardi, a orquestra é composta por cerca por 30 integrantes, funcionários atuantes nas instituições museais e no IPAC, além de músicos convidados. Os instrumentos utilizados nas apresentações são provenientes das viagens de Emília por terras africanas, indígenas, orientais e europeias. Todo o acervo foi doado ao Governo do Estado da Bahia e encontra-se no Solar Ferrão, localizado no Pelourinho.

Sobre o Balé Folclórico da Bahia – O Balé Folclórico da Bahia é uma companhia de dança profissional que pesquisa, preserva e divulga as principais expressões folclóricas da Bahia para o Brasil e exterior. O Balé foi fundado em 1998 por Walson Botelho, conhecido como Vavá, e Ninho Reis. Hoje, o grupo mantém, ainda, o Balé Junior, projeto voltado para crianças e adolescentes, que promove ações de cunho socioeducativo por meio do conhecimento e dinamização de aspectos da cultura popular baiana.

 

Fotos: Genilson Coutinho.