Opinião: “A Menina que Roubava Livros” chega as telas este mês

Genilson Coutinho,
17/01/2014 | 14h01

Com estreia nacional agenda para o dia 31 de janeiro  “A Menina que Roubava Livros” (The Book Thief, EUA , Alemanha) é uma adaptação do livro do australiano Marcus Zusak e dirigido por Brian Percival (Downton Abbey). O filme é muito eficaz na proposta de se manter fiel ao livro e muito original em sua história, ele apenas não consegue, talvez, chegar aquele ponto de emoção, de energia que ele gostaria. Liesel Meminger é uma garota adotada por dinheiro por um casal no subúrbio de uma cidade na Alemanha Nazista, 1939. Seu refugio para os horrores da Guerra é encontrado nos livros que roubava o primeiro deles de um coveiro. Liesel aprende a ler e cada vez mais se refugia nas histórias que a encantava. Mas é com o Judeu Max que as palavras tomam formas mais intensas e uma amizade nasce. A narrativa discorre até 1943 e tudo pareceria muito bucólico, mesmo parecendo incoerente já que se trata de um cenário de guerra, se não fosse à presença constante do narrador: a morte. A queixa aqui é como o diretor Brian Percival não consegue atingir um ápice na narrativa, cenas para isso não faltaram. A Sophie Nélisse, que interpreta Liesel, tem cara de garota curiosa que rouba livros sim, mas na hora de emocionar, sente-se falta dos olhinhos lacrimejantes que Dakota Fanning tinha na mesma idade, pelo menos eu senti. Com uma indicação ao Oscar de trilha sonora original, A menina que roubava livros é bem coerente e instiga a curiosidade do espectador a todo momento, com uma protagonista igualmente curiosa. Para os fãs do livro, acredito ser uma grata adaptação, para que não o leu, uma corrida a livraria, é para se encantar pelas palavras. Só não vale roubar o livro.

Assista ao trailer:


A pré estreia do filme em Salvador aconteceu na última quinta-feira (16)

Colaboração especial  do Professor e educador

Luis Cesar pereira de Souza para o site Dois Terços