O preço do amanhã por George Araújo

Genilson Coutinho,
02/11/2011 | 22h11

Hollywood não tem mais o que inventar. Com esta afirmação e com uma grande dose de descrença é que muitas pessoas devem começar a perceber este filme. Meio (ou completamente) louco, O preço do amanhã nos leva a uma realidade completamente diferente, mas ao mesmo tempo não muito estranha da que vivemos em nosso dia a dia. Num mundo onde a moeda é o tempo, a ambição e a desigualdade ainda são problemas que o tempo não apagou e que ainda permeiam o mundo; talvez de uma maneira até mais agressiva. Aos 25 anos a pessoa para de envelhecer, mas ‘em compensação’ ganham apenas mais um ano de vida e vai conquistando mais tempo (ou não) trabalhando… roubando… whatever!

Ao descobrir toda a realidade nua e crua, o bonitão Will Sallas (Justin Timberlake) vai em busca de justiça, atravessa curiosos pedágios e acaba se apaixonando pela filha de um milionário, interpretada por Amanda Seyfried. Acusado de roubo e assassinato de um cara que doou seu tempo para ele, Will começa a ser perseguido e foge com a mocinha se tornando o Robin Hood do futuro.

O filme é do diretor Andrew Niccol que também escreveu a história. Ele tem no currículo o excelente Show de Truman, onde esta premissa de nos fazer refletir sobre a vida também está presente. No mais, as atuações são convincentes que nem precisava mostrar Justin sem camisa para o delírio de alguns – rs

O preço do amanhã pode ganhar sequências sem desgaste, pois as possibilidades que o tema traz para discussão e reflexão são infindáveis e pouco exploradas neste filme. Pequenos detalhes são apenas pincelados e alguns ficam nas entrelinhas para reflexão.

Tempo é dinheiro. Essa frase nunca fez tanto sentido. Se permitem a piadinha, não percam tempo e vejam o filme.

George Araújo – Colunista de Cinema
Publicitário, Blogueiro, twitteiro e cinéfilo de plantão. Trabalha na área de criação gráfica e com mídias sociais e é idealizador do BlogayrosCamp.