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O Beco das Cores e a falta de diálogo público

Genilson Coutinho,
11/02/2016 | 10h02

Lotação total; Foto: Genilson Coutinho

Por Rodrigo Almeida

Pegando a onda da diversidade e da democratização dos espaços públicos, a Prefeitura de Salvador resolveu dar um incentivo a mais para o público LGBT: renomeou o tradicional “Beco da OFF” no carnaval como o repaginado “Beco das Cores” para a folia momesca. Acreditando que se institucionalizado levaria o mérito pela conquista, a atual administração pública pecou por pensar sozinho e por acreditar que assim levaria os louros da inovação. Sem nenhuma participação civil e dos diversos grupos interessados, a Prefeitura transformou o Beco em um grande palco de música eletrônica (ótimo), mas esqueceu de cuidar também da segurança de quem lá estava. Confusão, sensação de vulnerabilidade e superlotação foram as principais marcas da festa, que sempre primou por ser ali um espaço de resistência, liberdade, igualdade, respeito e alegria.

Rodrigo Almeida
Relações públicas e colunista do site Dois Terços