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Nosso Amor Existe: Documentário celebra o Dia do Orgulho LGBT; assista

Genilson Coutinho,
28/06/2016 | 10h06

O Dia do Orgulho LGBT  é comemorado no dia 28 de junho em homenagem a revolta de Stonewall, ocorrida em 1969 em Nova Iorque. A ação foi um marco para a comunidade, que cansada dos abusos policiais, políticos e da segregação social, se revoltou contra a batida policial e iniciou uma manifestação que é considerada o início do movimento LGBT moderno.

No ano seguinte da revolta, a comunidade organizou a primeira Parada do Orgulho para lembrar o levante, e várias cidades em todo o mundo passaram a reconhecer e comemorar este dia como uma representação e ressignificação para o termo orgulho, neste caso um antônimo de vergonha, usada ao longo da história para controlar e oprimir indivíduos LGBT.

O movimento vem promovendo a causa dos direitos LGBTs, pressionando políticos e aproveitando para educar sobre questões importantes. Neste sentido, o documentário Nosso Amor Existe reafirma a importância da visibilidade para emancipação, empoderamento e para abrir um debate com a sociedade sobre os direitos iguais, civis e de expressão de afeto, além de humanizar o amor na diversidade.

O curta do fotógrafo Ricardo Puppe e do jornalista Theo Borges, compreende depoimentos de casais homoafetivos, abordando temas como relacionamento, medos, angustias, preconceito, casamento e amor, e faz parte do projeto Nosso Amor Existe, que tem como objetivo dar visibilidade e representatividade a essas relações.

“Mais do que histórias sobre as orientações sexuais, são histórias de amor. São histórias de pessoas de carne e osso, que se alegram, que choram, que sangram, que sentem medo, que querem um mundo onde o seu afeto não afete os demais”, comenta Theo Borges.

Lançado no dia 12 de junho, dia dos namorados e das namoradas, o documentário ganhou um significado especial após o massacre homofóbico de Orlando, onde 49 LGBTs foram assassinados e outros 50 ficaram feridos, pelo ódio, preconceito e intolerância.

“A expressão do amor não pode ser um incômodo para alguém, e se acontece, está muito claro que precisamos falar sobre isso. É no dia do orgulho, é no dia a dia, é com a comunidade que sente medo em expressar afeto em público, e principalmente com a sociedade que acredita que não temos direitos de assim fazer”, explica Ricardo.

Em pouco mais de duas semanas, o documentário já conta com mais de 11 mil visualizações no YouTube e a página do projeto no Facebook já apresentou mais de 40 histórias e ainda continua recebendo depoimentos de casais de todo o país.