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Nina Codorna vence Talento Marujo 2017

Redação,
19/06/2017 | 09h06

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A noite do último sábado, (17), foi de finalíssima no palco do Âncora do Murujo, em Salvador, em mais uma edição do Concurso Talento Marujo, comandado por Bia Mathieu Semanovischi, que liderou por quase dois meses um dos concursos mais badalados do Marujo.

Na grande final, quatro estrelas da nova geração da arte transformista:  Ah Teodoro, Malayka S/N é Nina Codorna e Ela Vargas , que tiveram como tema o circo, em umas das finais mais concorridas do concurso .

Mas a noite era de Nina, com seu F U T U R I S T I C I R C U S, que encantou o público e jurados, consagrando-se a grande vencedora da noite.

Sobre os preparativos da prova, a grande vencedora nos contou:

“Para a prova final resolvi trazer um circo temático FUTURISTA. Me inspirarei na estética da vanguarda de arte pós moderna Op Art. Trata-se de movimento da década de 50, que evidenciava a ilusão de ótica para simbolizar um mundo instável e mutável. Nomes como Klaus Nomi (cantor lírico, ícone dos anos 80, que se assemelhava a um palhaço futurista), David Bowie, Kate Bush, Daft Punk, Kraftwerk, Os mutantes e Zarathustra (compositor da música tema do filme 2001: Uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick) foram pensados para a construção do número. Falei sobre tecnologia e como a humanidade está a serviço dela, mas também pode trazer decadência. Referências como Laranja Mecânica, Black Mirror e da nossa crise política e de representatividade permearam as projeções que desenvolvi na performance”, contou ela.

Para Bia, a vitória de Nina foi merecida, pois ela mereceu tudo. Sem sombra de dúvidas, ela deu o nome! Estou feliz, muito feliz com a conquista do título, pois a trajetória dela faz bem a nossa arte, e saber que ela é dona da faixa do concurso é só orgulho e celebração. Que outras estrelas como ela aconteça na nossa cena para valorizar e fortalecer ainda mais nossa arte”, contou Bia.

Quem também não esconde a emoção é Marcos Borges, que dá vida à personagem e estrela Nina Codorna. Mesmo diante das dificuldades no cenário da arte transformista na capital, Marcus diz que “Ser drag queen é atuar com a dificuldade de produzir uma arte LGBT que é tão marginalizada, mas ter plenitude de que todo esforço é gratificante quando o impossível acontece nos palcos. Estou super emocionado com o título, de poder recebê-lo de uma mulher cis que é a maravilhosa drag queen Nágila Goldstar e representar o Bar Âncora do Marujo, que é um espaço histórico da arte do transformismo na Bahia. E principalmente por ter ao meu lado manas de representatividade e maturidade artística como Malayka e Ah Teodoro. E faço um apelo a todas as pessoas que admiram essa arte de que frequentem e fomentem cada vez mais nossa arte”, revelou Borges .

Além da faixa, Nina também levou prêmio em dinheiro e o desejado titulo.

Veja a classificação final :

Nina Codorna

Malayka SN

Ah Teodoro

Ela Vargas

Assista a performance da vencedora: