Não tenha medo, eu também estou ao seu lado.

Redação,
12/04/2011 | 13h04

Existe um momento para assumir a sociedade sua homossexualidade?

Sua família precisa que você diga?

Você está tranquilo(a) com isso?

O especialista em terapias afirmativas Klécius Borges em entrevista ao site “Armário X” dá algumas dicas para pais e jovens que lidam com essa situação.

De acordo com Klécius o primeiro passo é a auto-aceitação, o jovem que deseja sair do armário precisa estar consciente da sua escolha e preparado para lidar com as adversidades. O mundo certamente não é tranquilo para ninguém e para o gay não é diferente.

Assumir para a sociedade é um passo que exige cautela, não há necessidade de chocar os outros se para você o processo é tranquilo. Agredir a sociedade transmite a imagem de que você não se aceita, e que possivelmente veja em sua orientação algo de errado. E tranquilamente te afirmo: não existe nada de errado.

Não existe o momento exato e tampouco uma fórmula para assumir a homossexualidade. Cada pessoa possui um tempo e cada tempo possui um espaço, cada situação é única e toda reação é imprevisível. É preciso estar pronto para lidar com as adversidades da família e com a reação dos amigos. Penso sempre que o melhor é estar em paz, digo realmente em paz, com sua orientação sexual, não dá mais para fingir ser quem não é ser infeliz com uma pessoa também mal amada.

Conheço algumas situações em que fico chocado. Vejo homens acompanhados de suas respectivas namoradas/esposas olharem descaradamente para outros homens enquanto suas companheiras confiam plenamente em sua masculinidade. Não quero criticar ninguém, cada um sabe o que faz, mas penso ser constrangedor para uma mulher estar com um homem que em sua frente paquera outros rapazes. Mas é isso aí, acontece muito!

Certo instante um amigo me conversou sobre suas dúvidas e medos em revelar para a família a orientação sexual. Normal está dúvida, temos medos de coisas simples, quanto mais este ponto que é tão aterrorizador para algumas famílias. Minha resposta foi simples: eles precisam realmente ouvir isso de você? Se a situação já está clara e a convivência mantém-se em harmonia essa conversa precisa ser realmente necessária para a pessoa. É preciso que o não contar de fato o incomode a ponto de encarar as conseqüências. Caso contrário desligue-se disso e viva, viva naturalmente, afinal onde a honra não existe erros.

Pensemos todos nas relações de amor que existem no mundo. Pensemos que o amor é único e que independe dos interlocutores. Amar é pureza, ele pode acontecer independente de idades, sexos e cores. Aos que tem medo de encarar o mundo eu afirmo que nascer já é um desafio e morrer com medo é o maior desperdício que se faz à natureza. Amemos uns aos outros e amemos sem medo.

Eu não tenho medo do amor e eternamente desejo amar como se fosse a última vez (espero que seja sempre para sempre!).

“Não devemos ter medo dos confrontos… até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.” Charles Chaplin

Por Rodrigo

Rodrigo Almeida –  Colunista Social
Pesquisador apaixonado por Relações Humanas, Relações Públicas, Comunicação Digital, Inteligência, Redes Sociais, Conhecimento de Causa, Humildade, Educação, Discernimento, Coragem, Elegância entre tantas outras coisas… Diz aí o que você pensa sobre isso. Vamos conversar sobre o mundo!
Twitter: @almeida021 / Blog – minhacomunicacao.blogspot.com

Foto: do Seminário Universidade Fora do Armário da  UFSM