Museus do IPAC são alternativas de lazer na Semana Santa

Genilson Coutinho,
28/03/2013 | 10h03

Os espaços vinculados à Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) funcionarão normalmente durante a Semana Santa, fechando apenas na Sexta-feira da Paixão (29). No fim de semana, o público poderá conferir as exposições em cartaz nos espaços, a exemplo da mostra do acervo do Museu Abelardo Rodrigues, que integra o Festival Artes do Sagrado, uma ação da Vivo e Ministério da Cultura (MinC) com intuito de difundir a importância nacional e internacional da Bahia enquanto espaço de interações privilegiadas e singulares entre o simbolismo das artes e o sentimento do sagrado. A programação completa dos museus está disponível no blog dimusbahia.wordpress.com.

Dentre as 38 peças que compõem a mostra exibida atualmente no Museu Abelardo Rodrigues, o visitante pode conhecer seis obras que representam o martírio e a crucificação de Cristo, passagens da Via Sacra celebradas durante a Semana Santa. Dois Santos de Roca datados do século XVIII retratam Jesus Atado e Cristo Ajoelhado. Os Santos de Roca, ou santos de vestir, são peças confeccionadas especialmente para uso em procissões por serem mais leves que as imagens tradicionais, feitas com madeira maciça. Uma maquineta do século XVIII, espécie de oratório protegido por vidro, apresenta duas passagens da vida de Jesus: o nascimento e a crucificação. A Nossa Senhora das Dores, que acompanhou o flagelo de Cristo até o momento da crucificação, é representada por meio de um Santo de Roca do século XIX. A mostra apresenta ainda dois crucificados confeccionados em madeira, datados dos séculos XVII e XVIII.

Museu de Arte Moderna da Bahia, Palacete das Artes e Museu de Arte da Bahia funcionam de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h. Museu Tempostal, Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica e Solar Ferrão ficam abertos à visitação de terça a sexta, das 12h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h. Já o Parque Histórico Castro Alves recebe visitantes de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e sábados, domingos e feriados, das 9h às 14h.

PROGRAMAÇÃO DOS MUSEUS

Museu Abelardo Rodrigues

ACERVO DO MUSEU

A mostra expõe um recorte do acervo do Museu Abelardo Rodrigues, com imagens, crucifixos, pintura, oratórios, mesa de altar e santos de roca, confeccionados em materiais diversos. Nossa Senhora das Almas do Purgatório, Santo Antônio, Santa Isabel, A Sagrada Família, Nossa Senhora com o Menino, São Joaquim, Nossa Senhora do Rosário e São Miguel Arcanjo são algumas das imagens apresentadas ao público. O Museu Abelardo possui uma das maiores coleções de arte sacra do país.

Onde: Rua Gregório de Mattos, nº 45 – Pelourinho.
Quando: terça a sexta, das 12h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h.
Tel: (71) 3117.6440

Museu de Arte da Bahia

BRINQUEDOS QUE MORAM NOS SONHOS – O BRINQUEDO POPULAR BRASILEIRO
A mostra encanta a crianças e adultos pela força lúdica dos 1.500 brinquedos que a compõem e pela inventividade da criação popular. Os brinquedos ocupam todos os espaços expositivos do Museu de Arte da Bahia e estão divididos nas seguintes seções tema: A Sala de Brinquedos, A Sala dos sonhos, a Sala do Espetáculo, a Sala do Medo, A Sala das Reciclagens, A Sala do Desafio, A Sala das Representações e a Sala de brinquedos de madeira. Fica em cartaz até 05 de maio.

ACERVO DO MUSEU
O Museu de Arte da Bahia, o mais antigo do Estado, fundado em 1918, possui um acervo de inestimável valor artístico e histórico que, através das mais variadas manifestações de arte, deixa entrever aspectos significativos do passado de uma sociedade, do seu cotidiano, dos seus gostos e dos seus valores. O acervo do MAB foi constituído, essencialmente, pela reunião de duas grandes coleções privadas adquiridas pelo Estado: a de Jonathas Abbott e a de Góes Calmon.

Onde: Av. Sete de Setembro, 2340, Corredor da Vitória.
Quando: terça a sexta, das 13h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.
Tel: (71) 3117-6902.

Museu de Arte Moderna da Bahia

SALA RUBEM VALENTIM

A sala apresenta 30 obras do pintor, escultor e gravador baiano que dá nome ao local. São 20 esculturas em madeira e tinta acrílica, que representam divindades do “panteão” do Candomblé, e 10 relevos, sobre a mesma temática. As obras expostas integram a série Templo de Oxalá, que expressa uma linguagem plástico-visual-signótica ligada aos valores místicos da cultura afro-brasileira.

Onde: Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão.
Quando: terça a sexta, das 13h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 19h.
Tel: (71) 3117-6139.

Museu Tempostal

PELOURINHO – UM CARTÃO-POSTAL DA BAHIA
A mostra, composta por postais, fotografias e vídeos, apresenta as mudanças sofridas no Pelourinho com o passar do tempo e traz uma reflexão sobre patrimônio cultural como produto do homem e de suas relações políticas, sociais e econômicas. São 150 imagens, entre peças do próprio acervo do Museu Tempostal e postais e fotografias cedidos por diversas instituições.

PELOS CAMINHOS DE SALVADOR
A exposição retrata parte da urbanização, crescimento e modernização da capital baiana. A mostra constitui um grande apanhado de imagens e fotografias que retratam as diversas transformações ocorridas no tecido urbano da cidade, iniciadas em fins do século XIX. Através de uma leitura histórica, é possível conferir, também, as mudanças nos hábitos e costumes ligados à vida cotidiana.

BAHIA – LITORAL E SERTÃO
A mostra apresenta a relação econômica e social desenvolvida entre duas regiões distintas da Bahia através de registros de imagens. Fotografias e postais, datadas do início do século XX, de diferentes cidades do interior do Estado, revelam a importância da nossa formação geopolítica, ressaltando o impacto da exploração colonial, do povoamento heterogêneo, e a pluralidade de atividades econômicas exercidas tanto na região litorânea quanto no sertão.

Onde: Rua Gregório de Matos, 33, Pelourinho, Salvador.
Quando: terça a sexta, das 12h às 18h. Sábados e domingos e feriados, das 12h às 17h.
Tel: (71) 3117-6383.

Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica

TOQUE DE LUZ – UM NOVO OLHAR SOBRE A OBRA DE UDO KNOFF
A mostra apresenta cerca de 30 obras, dentre azulejos relevados, medalhões e objetos tridimensionais como vasos, jarros e garrafas com distintas formas e texturas, além de instrumentos utilizados pelo artista na produção de suas obras. O público alvo da exposição são as pessoas com deficiência visual. Nessa nova leitura do acervo pertencente ao museu, o visitante cego ou com baixa visão, pode sentir as diversas formas e texturas encontradas nas distintas obras elaboradas pelo ceramista. Em cartaz até 28 de abril de 2013.

AZULEJOS DE UDO
Ampliada com 14 obras, sendo 12 delas do ceramista alemão Udo Knoff, a mostra constrói uma leitura histórica sobre as especificidades do cenário urbano ao apresentar mais de 300 azulejos que trazem parte significativa da arquitetura de Salvador. A mistura de história e arte, somada ao trabalho rebuscado da coleção, contextualiza o papel social e artístico da cerâmica – legado do trabalho do ceramista alemão Udo Knoff.

Onde: Rua Frei Vicente, nº 03, Pelourinho.
Quando: terça a sexta, 12 às 18 horas, sábado e domingo e feriados, 12 às 17 horas.
Tel: (71) 3117-6389.

Palacete das Artes

UMA FOTO PARA VINÍCIUS DE MORAES
A exposição “Uma Foto para Vinícius de Moraes” é uma homenagem ao diplomata, escritor e compositor carioca. Com curadoria da filha do poeta, Maria de Moraes, a mostra conta com fotografias, músicas e poemas de Vinícius, que completaria 100 anos em 2013. “Uma Foto Para Vinícius de Moraes” foi organizada pelo Salvador Foto Clube e promovida pelo Palacete através da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (DIMUS/IPAC) e da Secretaria de Cultura (Secult/BA). A exposição fica aberta à visitação até o dia 21 de abril.

MARIO CRAVO JR ESCULTURAS
A exposição comemora os 90 anos do artista plástico baiano e a sua arte. A mostra é composta por 58 peças, e tem a curadoria de Murilo Ribeiro, artista plástico e diretor do Palacete, em parceria com o artista e sua assessoria. Escultor reconhecido internacionalmente, Mario Cravo é o maior expoente da Modernidade baiana dos anos 40 e 50. Do mesmo modo que Carybé e Jorge Amado, Cravo colocou em sua obra, neste período, a essência do povo, suas tradições e crenças, seus costumes e mitos. A mostra, que tem entrada gratuita, fica em cartaz até o final de abril.

Onde: Rua da Graça, 284, Graça.
Quando: terça a sexta, das 13 às 19 horas, sábados, domingos e feriados, das 14 às 19 horas.
Tel: 3117-6910

Solar Ferrão

A NATUREZA HUMANA

Com curadoria de Emanoel Araújo, a exposição com 28 fotos de Akira Cravo tem como objetivo capturar a interação das pessoas com a natureza em atividades do dia a dia em cenários típicos do cotidiano da Bahia. Através das lentes da inseparável câmera, os olhos atentos de Akira capturam as cores, o contraste, as condições de vida, o movimento das pessoas nas ruas, seja durante um mergulho no mar da Ribeira ou operários em horário de descanso. Em cartaz até o dia 21 de abril.

EXPOSIÇÃO DE ARTE AFRICANA – COLEÇÃO CLAUDIO MASELLA
Apresenta a riqueza estética e a diversidade da produção cultural africana do século XX, expressada em objetos, sobretudo máscaras, estatuetas e utensílios de uso cotidiano ou ritualístico. Doadas ao Governo do Estado da Bahia, em 2004, pelo industrial italiano Claudio Masella, as obras representam vários estilos étnicos das sociedades africanas.

SMETAK – O ALQUIMISTA DO SOM
As “Plásticas Sonoras” – criadas por Walter Smetak (1913-1984) e consideradas obras de arte por críticos e pesquisadores podem ser conferidas na mostra de longa duração Smetak – O Alquimista do Som. As peças do acervo da família do músico suíço foram restauradas e expostas apenas no Museu de Arte Moderna da Bahia e no de São Paulo, em 2007 e 2008.

EXPOSIÇÃO DE ARTE POPULAR
A Coleção de Arte Popular reúne peças representativas da Cultura Popular do Nordeste. O acervo reunido por Martim Gonçalves e, posteriormente, ampliado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi é composto por peças utilitárias e figurativas, dentre elas carrancas, ex-votos, imaginária, esculturas em cerâmica, fifós, panelas, potes de barro, brinquedos, utensílios domésticos e objetos criados a partir de materiais recicláveis, que mostram uma sintonia entre a arte e a vida cotidiana.

Onde: Rua Gregório de Mattos, nº 45 – Pelourinho.
Quando: terça a sexta, das 12h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h.
Tel: (71) 3117.6357