Mulheres trans confirmam participação em Caminhada no dia da mulher

Genilson Coutinho,
06/03/2012 | 10h03

a diva trans Marina Garlen

Mulheres trans são preteridas de usar os espaços tradicionais do feminino, ao exemplo dos banheiros públicos. Mulheres trans não têm direito a usar o nome social nos documentos de identificação pessoal, entre outras situações. No dia 8 de março internacional da mulher, a partir das 15h no Campo Grande, Centro de Salvador, mulheres transexuais e travestis estarão de mãos dadas com as demais mulheres em Caminhada pela eliminação da violência e igualdade de gênero.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) e a Associação de Travestis de Salvador (ATRAS) marcarão presença nessa ação visual coordenada por Millena Passos e por Dion Santiago. As mulheres trans e travestis participarão da caminhada ostentando faixas alusivas as suas agendas de luta por igualdade de gênero. PELA ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES TRANS é uma das frases a segunda é PELO DIREITO AO NOME CIVIL DE TRANS E TRAVESTIS  tem sido uma luta atual e constante das categorias.

O GGB e a ATRAS entendem a importância de as mulheres transexuais e travestis se apropriem do discurso e da lógica de luta das mulheres heterossexuais e feministas para que juntas consigamos a igualdade de gênero e a cidadania plena. Dion Santiago acredita que esse é um bom momento de ação e faz referência a luta das mulheres e a necessidade de um dialogo entre as populações. “Somos anjos de uma asa só. Precisamos ficar juntas para poder voar”, declarou Dion ao tempo que convoca todas as mulheres trans para esse dia de luta e gloria do feminino no mundo inteiro.

O GGB no último dia 29 de fevereiro foi vencedor do edital Março Mulher lançado pela Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM) que teve como objetivo apoiar iniciativas de combate a violência contra o gênero feminino desenvolvidas pela sociedade civil. A entidade em parceria com o Núcleo Diadorim (Uneb) já programaram um ciclo de debates para os dias os dias 22 e 23 deste mês. Entre as palestrantes Márcia Cabral do grupo Minas de Cor de São Paulo, a trans Majorie Marchi do Rio de Janeiro e a professora mineira especialista em gênero Dniela Auad já confirmaram participação. Um dos temas polêmicos vai ser abordado pela ativista lésbica Márcia Cabral. Ela combate de forma intelectual a idéia aviltante do estupro corretivo para lésbicas, assunto que tem ganhado campo nas rodas machistas e violentas, especialmente pela internet.

 

Caminhada 8 de março dia internacional da mulher

A partir das 15h

Campo Grande à Praça Castro Alves

Por favor, confirme sua participação.