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Missa em homenagem à Santa Luzia marca Dia do Cego no ICB

Genilson Coutinho,
13/12/2019 | 18h12

Na manhã desta sexta-feira (13), o Instituto de Cegos da Bahia (ICB) promoveu uma missa especial em sua sede, no bairro do Barbalho. O motivo, além da comemoração ao Dia de Santa Luzia, padroeira dos olhos, foi o Dia Nacional da pessoa com Deficiência Visual. A celebração foi realizada por Padre Ronaldo, da igreja do Santo Antônio Além do Carmo. O momento, na avaliação da presidente do ICB, Heliana Diniz, é uma expressão de fé, devoção e amor. “Para nós, é uma alegria celebrar o dia da padroeira dos olhos em nosso instituto, que atua diariamente para minimizar os impactos da cegueira em crianças, jovens e adultos e que entende que o mundo pode ser visto de outras formas”, declarou Heliana. A música ficou por conta da cantora mirim do instituto, Manuela Dourado. “A felicidade de estar aqui é muito grande, pois é sempre muito bom cantar numa missa e elevar nosso corpo, a nossa alma, em uma data tão especial para nós”, contou a garota. Devota de Santa Luzia, Luciana Ferreira Alves, mãe da cantora mirim, declarou que o dia é sempre marcado por muita emoção, principalmente por ser comemorado com uma missa no local onde a filha É acolhida por professores e colaboradores. “É um dia de agradecimento pela vida e esperança de ver o mundo de diversas formas. É só gratidão”, disse. Única instituição baiana a atuar na reabilitação e habilitação da pessoa com deficiência visual, o ICB realiza oito mil procedimentos mensais e dispõe de serviços nas mais variadas áreas para minimizar os impactos causados pela cegueira em crianças, jovens e adultos. Para saber mais informações e formas de ajudar, acesse institutodecegosdabahia.org.br, ligue para (71) 3016-8146 e siga-nos nas nossas redes sociais @institutodecegosdabahia e facebbok.com/institutodecegosdabahia. Santa Luzia Luzia nasceu em uma família rica e cristã, na cidade de Siracusa – Itália, no ano de 283. Ela era considerada como uma das jovens mais belas do local. Aos cinco anos perdeu o pai e cresceu sob os cuidados da mãe, que sofria de graves hemorragias. Um belo dia, ao peregrinar na cidade de Catânia, ela e a mãe acompanharam o Evangelho pregado durante a Missa, o qual falava sobre a cura da mulher que padecia de hemorragias. Luzia aproveitou a ocasião para pedir ao Senhor que a mãe ficasse curada e foi rezar junto à imagem de Santa Águeda. A cura aconteceu no mesmo momento. Assim que chegaram à casa onde elas moravam, Luiza e a mãe começaram a distribuir todos os bens aos pobres. Percebendo que Luzia e a mãe eram cristãs, um jovem que vivia no local denunciou-as ao prefeito de Siracusa, que as enviou ao Imperador Diocleciano. Como Luzia se mostrou firme diante da fé que carregava, acabou sofrendo inúmeras crueldades. Vendo que não seria possível convertê-la, Diocleciano mandou jogá-la numa casa de prostituição, mas ninguém conseguia tirar Luzia do local onde ela se encontrava, os pés ficaram firmes no chão. Em seguida, tentaram queimá-la viva, mas as chamas nada fizeram contra ela. Por fim, os soldados arrancaram-lhe os olhos e os entregou em um prato à jovem. No mesmo instante, na face de Luzia, brotaram outros olhos. Vendo que nada a fazia renegar a fé em Jesus Cristo, mandaram degolar a menina. Era 13 de dezembro de 304. A partir deste dia teve início a devoção à Santa Luzia, primeiro na Itália e depois por toda a Europa. Atualmente ela é conhecida como a “Santa da Visão”.