Marco Feliciano diz que Caetano é ‘do diabo’;assista

Genilson Coutinho,
10/04/2013 | 14h04


Um novo vídeo do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) publicado na internet causou reações nas redes sociais nesta quarta-feira. Desta vez, o alvo é o cantor baiano Caetano Veloso, a quem Feliciano acusa de ter seu sucesso relacionado à ação do diabo.
Sem data e local especificados, o vídeo foi gravado durante uma pregação do deputado, que é pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento. Quando fala sobre “manifestações inexplicáveis” de pessoas “tocadas pelo espírito do diabo”, Feliciano conta que Caetano, “sentado num banquinho tocando uma viola”, conseguiu, em uma semana, vender um milhão de cópias do disco com a versão da música Sozinho, do compositor Peninha.
O deputado lembra que a música já havia sido gravada por Tim Maia e Sandra de Sá, mas sem alcançar o sucesso estrondoso da versão do cantor baiano – que fez parte da trilha sonora de uma novela da TV Globo em 1999. Então, Feliciano passa a reproduzir um diálogo que Caetano teria tido com jornalistas em uma entrevista na época.
“Perguntaram para ele: ‘Qual o seu segredo, Caetano’. Ele respondeu: ‘É simples, meu segredo é mãe Menininha do (sic) Patuá’”, diz Feliciano, em referência a mãe de santo baiana Maria Escolástica da Conceição Nazaré, conhecida como mãe Menininha do Gantois.
Segundo o pastor, Caetano teria afirmado que antes de lançar qualquer música ele cantava a canção para mãe Menininha. “E ela, possuída pelos orixás, diz: ‘Pode gravar que eu abençoo’” afirma Feliciano no vídeo. Na pregação, a história é usada por Feliciano como um exemplo do “poder do diabo”. “Vocês entenderam? Não subestime o diabo porque ele tem poder”, diz aos fiéis.
Sugerindo que Caetano é “do diabo”, Feliciano compara a história do sucesso de Sozinho com a de um “ex-batedor do Olodum” que compôs um sucesso gospel. E segue fazendo as comparações entre os artistas pop e os cantores religiosos: “Enquanto o diabo tem uma Lady Gaga que canta e encanta, o meu Jesus tem uma Lady Shirley Carvalhaes, que quando canta mexe com a emoção”, afirma, apontado para a cantora gospel presente na plateia.
Fonte: Revista Veja