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Malê Debalê poderá fica fora do Carnaval 2018

Genilson Coutinho,
27/01/2018 | 14h01

Por Genilson Coutinho

Conhecido como um dos mais tradicionais blocos afro de Salvador, o Male Debalê que em 2019 completa 40 anos de luta e tradição tem passado por um momento difícil, a agremiação poderá não sair com o maior balé afro do mundo, assim descrito pelo New York Times, nos festejos de momo em 2018.

O motivo que poderá deixar o bloco de fora é o valor disponibilizado pela Secretaria de Cultura que não cobre os gastos para por o bloco na rua, já que o Malê não conta com nenhum apoio da iniciativa privada para custear as condições o desfile na folia de 2018 e as atividades culturais da entidade. Diante da situação Cláudio Silva, presidente do bloco, lamenta a falta dos recursos e não consegue imaginar como angariar recursos de outros apoiadores nas proximidades do carnaval e até o presente momento, a única triste certeza é a não participação do bloco no carnaval 2018.

“Na última quinta-feira (25), dia de que celebramos “A revolta dos malês”, após reunião com a Secult recebemos a triste notícia após julgamento do nosso recurso ter sido indeferido, sentenciando a não saída do bloco em 2018, que teria como tema o Movimento Feministas e empoderamento feminino, através das homenagens a Jocana , Francisca e Nizinha, ícones das lutas feministas. O tema do nosso carnaval não foi considerado suficiente para atingir a pontuação exigida pela comissão do Ouro Negro”, desabafa Claudio.

Foto: Genilosn Coutinho

Mas essa triste situação não tira o brilho do bloco e a alegria do presidente que neste sábado (27), a partir das 19h30 promove mais um certame que irá eleger a “Negra e Negro Malê 2018” que chega a sua 39ª edição em umas noite mais celebradas pela família malê e pela comunidade de Itapuã, evento este que ainda terá os shows os da banda Alemanha Vem comigo comandada pelo mestre Tinga e a banda   ÀTTØØXXÁ.

“Essa é uma noite que nossa família celebra a nossa gente e nossas danças, instituímos esse concurso de eleger o negro e a negra Malê que ao longo deste mais de 30 anos tem sido um instrumento de resistência, beleza e valorização da dança e da beleza da nossa gente. Na disputa pelo título 9 rapazes e 17 moças farão a festa da beleza negra em uma noite que promete muita emoção e valorização da cultura do bloco  Malê como conta o presidente, “será mais uma grande noite e tenho certeza que nossos bailarinos e bailarinas irão trazer mais uma vez para o palco umas das mais lindas manifestações culturais através da dança que irá transformar mais uma vez a nossa quadra no palco do maior balé afro do mundo, como escreveu o New York time” conta Silva .

Foto: Reprodução

Mas essa triste situação não tira o brilho do bloco e a alegria do presidente que neste sábado (27), a partir das 19h30 promove mais um certame que irá eleger a “Negra e Negro Malê 2018” que chega a sua 39ª edição em umas noite mais celebradas pela família malê e pela comunidade de Itapuã, evento este que ainda terá os shows os da banda Alemanha Vem comigo comandada pelo mestre Tinga e a banda   ÀTTØØXXÁ.

“Essa é uma noite que nossa família celebra a nossa gente e nossas danças, instituímos esse concurso de eleger o negro e a negra Malê que ao longo deste mais de 30 anos tem sido um instrumento de resistência, beleza e valorização da dança e da beleza da nossa gente. Na disputa pelo título 9 rapazes e 17 moças farão a festa da beleza negra em uma noite que promete muita emoção e valorização da cultura do bloco  Malê como conta o presidente, “será mais uma grande noite e tenho certeza que nossos bailarinos e bailarinas irão trazer mais uma vez para o palco umas das mais lindas manifestações culturais através da dança que irá transformar mais uma vez a nossa quadra no palco do maior balé afro do mundo, como escreveu o New York time” conta Silva .

 

Mas essa situação não tira o brilho do bloco que segue com suas atividades musicais e sociais com a mesma energia e resistência que ira tomar conta do encerramento do projeto Concha Negra, no próximo dia 4 de fevereiro às 19h na Concha Acústica, junto com as estrelas Ellen Oléria e Mariene de Castro.

“Não consigo nem imaginar e muito menos descrever o tamanho da emoção deste encerramento com tantas estrelas do nosso bloco ao lado dessas mulheres negras e guerreiras que utilizam a força das suas artes para dizer não ao preconceito e toda forma de violência. Não tem como não se emocionar com a potência da Ellen e o samba de Mariene e para fechar com chave de ouro nossa Zezé Motta no comando da cerimônia. Iremos celebrar com muita emoção, pois nossa luta é diária”.

Sobre as comemorações dos 40 anos, Cláudio sinaliza que não tem nada pensado diante do cenário atual, mas garante que os 40 anos do Malê Debalê não passarão despercebidos. “No momento não pensamos ainda neste assunto, temos o carnaval para resolver e a noite de festa no sábado. Mas vamos pensar após essa situação” pontua Cláudio.

CONCHA NEGRA – O projeto Concha Negra se compromete a fomentar a diversidade cultural da Bahia, suas tradições e patrimônios. O incentivo a mais um canal de visibilidade e acesso à música afro-baiana se alinha a políticas que reconhecem a cidadania cultural e a afirmação de identidades, combatendo preconceitos e valorizando a expressão das variadas manifestações humanas. A primeira etapa do projeto foi iniciada em setembro, com show dos Filhos de Gandhy, em seguida com o Muzenza, em outubro, Ilê Aiyê, em novembro, Cortejo Afro, em dezembro, Olodum, em janeiro, até chegar ao Malê Debalê, em fevereiro. Além das apresentações principais, cada espetáculo tem a participação de pelo menos um convidado especial e também uma abertura com intervenções de outras linguagens artísticas, como teatro, dança e moda.

SERVIÇO

Concha Negra – Malê Debalê com participações de Mariene de Castro e Ellen Oléria

Abertura: As Ganhadeiras de Itapuã

Quando: 4 de fevereiro (domingo), 18h

Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)

VENDAS

Os ingressos para o espetáculo podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Castro Alves, nos SACs do Shopping Barra e do Shopping Bela Vista ou pelo sitewww.ingressorapido.com.br, a partir de 20 de janeiro.

MEIA ENTRADA

A concessão da meia-entrada é assegurada em 40% do total dos ingressos disponíveis para o evento. Estejam atentos! O Teatro Castro Alves cumpre a Lei Federal 12.933 de 29/12/2013, que determina que a comprovação do benefício de meia-entrada é obrigatória para aqueles que gozam deste direito. Estudantes devem apresentar a Carteira de Identificação Estudantil (CIE), não sendo aceitos outros documentos.

Genilson Coutinho é editor chefe e militânte LGBT.

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