Mais um caso de homofobia: Médica transexual é agredida após batida de carro

Genilson Coutinho,
16/08/2011 | 16h08

A pediatra contou que no começo suspeitava de um assalto ou sequestro relâmpago, mas que depois teve a certeza que era homofobia pelas palavras que eles usavam para agredi-la verbalmente.

Uma médica transexual foi agredida por três homens após ser perseguida na madrugada deste domingo (14), em Porto Alegre. Fernanda Campos, de 43 anos, dirigia seu veículo quando bateu no retrovisor de um outro carro onde estavam três homens que ficaram irritados e começaram a persegui-la.

A pediatra dirigiu até um ponto de táxi para pedir socorro, mas como não havia nenhum taxista no local os três homens começaram a agredí-la com pontapés, puxões de cabelo e socos. A médica apresenta diversos hematomas no rosto, dentes quebrados, lesões nos joelhos, mãos, ombros e costas, além de ter tido seus cabelos arrancados e ter perdido parte da visão em um dos olhos.

Logo após a agressão os homens fugiram e a médica registrou ocorrência na delegacia. A transexual reconheceu os agressores através da identificação da placa do veículo.

Fernanda prestou depoimento na tarde de ontem (15), à titular da 2ª Delegacia de Polícia, Adriana Regina da Costa, e contou que no começo suspeitava de um assalto ou sequestro relâmpago, mas que depois teve a certeza que se tratava homofobia pelas palavras que eles usavam para agredi-la verbalmente. A delegada afirmou que os suspeitos poderão ser indiciados por lesão ou tentativa de homicídio.

Segundo o jornal gaúcho Correio do Povo, até agora a transexual foi a única pessoa a prestar depoimento. A polícia procura testemunhas do crime e imagens de câmeras de segurança que possam servir para esclarecer o caso.

Fonte: Correio da Bahia