Opinião

Mais diversidade, por favor

Genilson Coutinho,
17/09/2020 | 14h09

* Por Mirella Rossini

“Diversidade.” Uma palavra pequena que significa tanta coisa. Substantivo feminino, que na vida como ela é não tem gênero, nem cor, nem ideologia, nem religião. Diversidade diz respeito à qualidade daquilo que é diverso, diferente, variado. É multiplicidade.

No Setembro Amarelo, mês em que é realizada a campanha brasileira de prevenção ao atentado à própria vida, falar de diversidade, acolhimento e aceitação é algo essencial.

Desde criança me sentia diversa. Não me encaixava nos padrões em nada. Fui criada por duas mulheres e descobri desde cedo que amor não tem formato e nem sexo. Fui tia aos 6 anos, trabalhar e morar sozinha aos 17, fui mãe solo aos 26, enfim, estava sempre fora do tempo e meio que pessoas viviam ou consideravam “normal”.

Em diversos momentos da minha vida, não entendia que é na diversidade que nascem milhares de sentimentos e movimentos positivos como criatividade, solidariedade, sororidade, empatia… E sofri com isso. Todas essas percepções positivas vieram com o tempo, a maturidade, e estão sempre sendo trabalhadas por mim.

O problema é que a vida real não é ainda o mundo ideal. Vivemos hoje mais trabalhando do que qualquer outra coisa e é justamente no trabalho que não encontramos o que mais precisamos para nos mantermos otimistas, felizes, motivados: a empatia, o acolhimento e a aceitação. Por muitas vezes suportei o peso de um ambiente tóxico e hostil, acabei sucumbindo no início deste ano de 2020, quando fiquei internada por quatro dias num hospital, diagnosticada com burnout. Mesmo assim, não parei e olhei para mim.

No meio desse caminho, resolvi mudar a minha forma de enxergar meu próprio trabalho. Em vez de desanimar, me fortaleci e resolvi empreender, freelando como profissional especialista em comunicação. Ou seja: o copo “meio cheio” ou “meio vazio” foi só uma questão de perspectiva.

Aprendi na marra, só depois que começou esta pandemia, que na vida nossa paz, nosso respeito, nossa autoestima não tem preço. Isso significa que devemos sempre nos priorizar e, com isso, escolher empresas que tenham os mesmos valores que nós temos; que invistam na diversidade de verdade, que deem voz, que abracem, que apoiem.

Além disso, em setembro, conquistei a posição de redatora em uma agência consolidada. Com novas portas se abrindo e a receptividade de quem me acolheu neste momento, me sinto respeitada e valorizada pelo meu trabalho, minha experiência faz toda a diferença e minha trajetória também.

Recomendo que as empresas e os empresários façam o mesmo que eu e estejam de coração aberto para receber, aceitar e sobretudo respeitar o novo e o diferente. Afinal, se tem uma frase que adoro citar, esta é: “O mundo seria um lugar melhor se todos seguissem a mesma premissa: trate os outros como gostaria de ser tratado”. Acolha. Escute. Respeite. Aposte no que é diferente para você. Aprenda. E você: o que tem feito para seguir otimista e conquistar o mundo em tempos tão incertos quanto estes?

*Mirella Rossini, redatora na um.a #divesidadecriativa (mirella@uma.ag).

Sobre a um.a

Fundada em 1996, a Um.a #diversidadeCriativa está entre as mais estruturadas agências de live marketing do Brasil, especializada em eventos, incentivos e trade. Entre seus principais clientes estão Anbima, Atento, Bristol, B3, Citi, Carrefour, Corteva, Cielo, Motorola, Nextel, Mapfre, Pandora, Sanofi, Sumup, Tigre, Via Varejo, Visa e Motorola entre outras. Ao longo de sua história, ganhou mais de 40 “jacarés” do Prêmio Caio, um dos mais importantes da área de eventos.