Mais de 50% dos pacientes com HIV na Bahia demoram para receber tratamento

Genilson Coutinho,
16/04/2011 | 11h04

Estudo realizado pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) revela que 52% dos pacientes com o vírus HIV na estado demoram para começar o tratamento. Esse número é maior do que a média nacional, que é menor que 44%.

Além de maior risco de morte, o atraso no tratamento dos pacientes de Aids aumenta as chances de transmissão da doença e os gastos do sistema público de saúde. No ano passado, 800 novos casos de Aids foram registrados no na Bahia.
Por causa do preconceito, as vítimas da doença escondem que tem Aids. Esta é uma informação de um dos integrantes do movimento de combate a Aids na Bahia, que convive com a doença há 13 anos. Ele diz que é preciso fazer com que as pessoas tenham um mecanismo para ter um diagnóstico o mais cedo possível.
O estudo que foi feito com 142 pacientes com o vírus HIV que recebem tratamento em Salvador. Para a coordenadora da pesquisa, professora Inês Dourado, as questões individuais e a organização do serviço é que levam o indivíduo a chegar mais cedo ou mais tarde ao tratamento. Ela explica ainda que é importante que os serviços sejam ampliados para a população e que exista maior número de locais que façam exames para HIV e que nesse serviço ele seja prontamente referenciado e enviado para uma unidade de assistência.
Hoje no estado, sete laboratórios públicos realizam o diagnóstico da Aids. Dois estão em Salvador, outros em Bom Jesus da Lapa, Teixeira de Freitas, Vitória da Conquista, Senhor do Bomfim e Jequié.
Já o secretário Estadual de Saúde, Jorge Solla, declarou que na Bahia está investindo em 26 polos regionais para ampliar a capacidade de diagnósticos e equipar tudo com o que há de melhor em tecnologia.

Fonte:

Portal da Metrópole