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Mais de 40% dos homens gays mantêm relacionamento aberto

Genilson Coutinho,
13/07/2017 | 14h07

Toda a forma de amor é justa, e nem todo relacionamento precisa ser tradicional. Por já ter sua natureza tão marginalizada, os homossexuais possuem maior flexibilidade e liberdade de externar seus prazeres e não se limitam às relações monogâmicas.

Não obstante, o debate sobre o poliamor ou relacionamentos abertos ganhou gás e maior visibilidade na medida em que a pauta LGBT passou a ter maior destaque em rodas de conversa e, principalmente, nas redes sociais.

Por se verem presos a padrões, casais heterossexuais têm maior dificuldade de assumir relações que fujam aos moldes tradicionais. Já praticamente metade dos homens homossexuais mantêm relacionamento aberto ou não-monogâmico, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pela FS Revista e a GMFA.

É fato que o estudo limitou-se à população do Reino Unido, onde foram ouvidos 1.006 homens que se identificam como gays. O resultado mostrou que 41% deles tem experimentado um relacionamento aberto.

75% afirmaram que não se importam em manter um relacionamento poligâmico, desde que as interações sexuais aconteça entre o casal e um terceiro. Contudo, 21% admitiram já ter quebrado a regra pelo menos uma vez, e ido para a cama com um terceiro sem a presença do companheiro fixo.

33% dos homens em relações monogâmicas acreditam que “relacionamentos abertos não são relacionamentos reais”, enquanto 19% acreditam que os relacionamentos acabam aberto, porque os homossexuais não podem ser monogâmico.

Uma parcela considerável dos ouvidos disse que relações abertas são uma forma de explorar a sexualidade sem precisar estar confinado à monogamia.

Matthew Hodson, CEO da GMFA, disse: “Não é uma surpresa que muitos gays e bissexuais buscam a satisfação sexual em conjunto e que estão fora da norma”.

Contudo, o mesmo salienta para a alta na incidência das infecções sexualmente transmissíveis que podem ocorrer pelo não uso do preservativo: “Se você está acostumado a ter relações sexuais desprotegidas com seu parceiro principal, pode ser difícil de recuperar o hábito do preservativos quando tiver relações sexuais com outras pessoas. Isto não é para sugerir que tais riscos não podem ser gerenciados – claramente alguns casais fazem isso muito bem, mas é um desafio que requer uma comunicação excelente, honestidade e confiança para atender”.

Obviamente, traições acontecem em qualquer forma de relacionamento, por isso é importante fazer o uso da camisinha sempre, seja hétero ou homoafetivo.

Da Acapa